quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

ORAÇÃO FORTE E PODEROSA DE SÃO CIPRIANO. INFALIVEL!



ORAÇÃO FORTE E PODEROSA DE SÃO CIPRIANO. INFALIVEL! Pelos poderes de São Cipriano ((K.K.R)) Virá agora atrás de mim (F A S) Ligará agora pedindo desculpas ((K.K.R)) Vai vir de rastro, apaixonada, Cheia de amor e tesão por mim (F.A.S) o mais rápido possível. São Cipriano, eu terei esse poder, que Ela ((K.K.R)) deixe de vez todos As OUTROS HOMENS. E QUE AME A MIM. (F.A.S.). COMO NUNCA AMOU NINGUEM EM TODA A SUA VIDA e assuma para todos o que sente por mim. São Cipriano afaste ((K.K.R)) DE qualquer Homem ou amigos, que ela os odeie e sinta muita raiva deles. E que ((K.K.R)) Procure-me a todo o momento, chega de mentiras, chega de incertezas, quero apenas as verdades. HOJE e AGORA, desejando estar ao meu lado, que ((K.K.R)) Tenha a certeza que eu (F.A.S) sou O Homm perfeito para ela, que ((K.K.R)) não possa mais viver sem mim. Que ((K.K.R)) Sempre tenha a minha imagem em seu pensamento todos os momentos. AGORA COM QUEM ESTIVER, ONDE ESTIVER ELA IRÁ PARAR, porque o pensamento de ((K.K.R)) está em mim (F.A.S). E ao deitar que tenha sonhos comigo e ao acordar pense em mim e me deseje, a todo o momento dos seus dias tenha o pensamento em mim, que queira me ver, sentir meu cheiro, me tocar e me ter com amor. DESEJO TAMBEM QUE((K.K.R)) Queira abraçar-me, beijar-me, cuidar de mim, proteger-me, amar-me nas vinte e quatro horas de todos os seus dias, fazendo assim com que((K.K.R)) Ame-me a cada dia mais e que sinta prazer só de ver a minha imagem. São Cipriano faça ((K.K.R)) sentir por mim um desejo fora do normal como nunca sentiu por outra pessoa e nunca sentirá. Que ((K.K.R)) tenha prazer apenas comigo, que tenha tesão somente por mim e que seu corpo só a mim pertença, que ((K.K.R)) só tenha paz se estiver comigo. Agradeço por estar trabalhando em meu favor e vou divulgar seu nome, São Cipriano em troca de amansar e amarrar nos meus pés ((K.K.R)) e trazê-la de volta pra mim APAIXONADA CARINHOSA, DEVOTADA, LOUCA DE AMOR, FIEL E CHEIA DE DESEJO aos meus braços, falando sempre a verdade e para que assuma o nosso amor e volte pra mim o mais rápido possível e que sinta uma dor muito forte em seu coração de saudades de mim (F.A.S) e que tenha sonhos comigo de que esta fazendo amor comigo e com muito desejo e fogo da paixão. Que ((K.K.R)) Sinta orgulho de dizer a todos que serei SEU ESPOSO. Que jamais tenha vergonha de mim (F.A.S) nunca em momento algum. Que a minha vontade seja a Dela também, e que sinta uma imensa felicidade sempre que estiver comigo ou ouvir a minha voz e jamais queira de mim se separar. Que eu (F.A.S) e (K.K.R), Possamos viver em paz e unidos pelo amor. Peço isso aos poderes de SÃO CIPRIANO. Amém! Passe essa mensagem para três altares diferentes e rapidamente terás uma surpresa QUE ((K.K.R)) PROCURE (F.A.S) ME LIGUE AGORA! SINTA AGONIA SE NÃO FALAR COMIGO! QUE FIQUE PERTUBADA SE ESTIVER LONGE DE MIM. LOUCA TODA A DE SAUDADE ME LIGANDO A TODO MOMENTO!
DESFRUTE DE UMA VIDA PRAZEROSA AO LADO DE QUEM SE AMA TÉCNICAS INFALÍVEIS PARA A RESTITUIÇÃO DE SUA VIDA AMOROSATÉCNICAS QUE FARÁ O SEU AMOR VOLTAR RAPIDINHO!!! ME ADD TEREI O MAIOR PRAZER EM AJUDALOS
pomba.gira.k.r@hotmail.comLEIA SOZINHOVAMOS BRINCAR DE MAGIA???FUNCIONA MESMO!!!PARA VOCÊ MESMO, DIGA O NOME DO UNICO RAPAZ OU MOÇA COM QUEM VOCÊ GOSTARIA DE ESTAR (TRÊS VEZES) ...PENSE EM ALGO QUE QUEIRA REALIZAR NA PROXIMA SEMANA E REPITA PARA VOCÊ MESMO (SEIS VEZES)...SE VOCÊ TEM UM DESEJO, REPITA-O PARA VOCÊ MESMO (NOVE VEZES)...PENSE EM ALGO QUE QUEIRA QUE ACONTEÇA ENTRE VOCÊ E UMA PESSOA ESPECIAL (AQUELA QUE VOCÊ NO NUMERO 1.) E REPITA PARA VOCÊ MESMO (DOZE VEZES)AGORA,ESTA É A PARTE MAIS DIFICILESCOLHA UM DOS DESEIJOS QUE VOCÊ FEZANTERIORMENTE E CONCENTRE-SE NELE, SOMENTE NELE E EM NADA MAIS....AGORA FAÇA UM ÚTIMO PEDIDO RELACIONADO AO DESEJO QUE VOCÊ ESCOLHEU.DEPOIS DE LER ISTO, VOCÊ TEM 1 HORA PARA MANDA~LO Á 15 PESSOAS,E O QUE VOCÊ PEDIU IRÁ SE TORNAR REALIDADE EM UMA SEMANA QUANTO MAIOR O NÚMERO DE PESSOAS PARA AS QUAIS VOCÊ MANDAR,MAIS FORTE SE TORNARÁ SEU DESEJO. SE VOCÊ INGUINORAR ESTA CARTA, O CONTRÁRIO AO SEU DESEJO ACONTECERÁ OU ELE JAMAIS SE REALIZARÁ."EM TUDO QUE Á NATUREZA OPERA, ELA NADA FAZ BRUSCAMENTE."BOM DIAEu espero que você tenha um belo amanhecer,E que, amanhecendo, você desperte sorrindo...E que, sorrindo, você siga o seu caminho,A sua jornada de trabalho,Contagiando todos a sua volta...Que seu anjo da guarda sempre lhe acompanhe,E faça sua luz ser mais brilhante...Essa luz que tantas vezes já iluminou o meu astral...Quero que a sua saúde, em momento algum,Te deixe na mão...Nem um mal estar, nem um nada,pode atrapalhar o seu BOM DIA...Espero, por fim, que, ao fim do dia,Antes do seu repouso,Você ainda tenha ânimo para ler,Toda essa mensagem de novo...Porque eu lhe desejo um bom dia,Amanhã, depois, e sempre!!!

Sobre São Cipriano - breves notas



Sobre São Cipriano - breves notas
SÃO CIPRIANO HISTÓRIA: Também chamado de «o Feiticeiro, nasceu em Antioquia, cerca de 250 e.C., num local
situado entre a Síria e a Arábia, pertencente o governo da Fenícia. Os seus pais, possuidores de grandes riquezas e
praticantes de idolatria, verificando que o seu filho nascera com um dom muito especial para conciliar e ajudar os outros,
desde muito cedo o motivaram ao serviço das falsas divindades, fazendo-o instruir em toda a ciência dos sacrifícios que
se ofereciam aos ídolos, de tal modo que ninguém tinha naquela época tão profundo conhecimento dos mistérios das
religiões bárbaras e pagãs. Por volta dos 30 anos, Cipriano fez uma viagem à Babilónia para aprender os segredos da
astrologia e conhecer o mundo oculto dos supersticiosos caldeus. Entregou-se inteiramente ao estudo da magia para
conseguir, por meio desta arte, uma ligação com os demónios que fora instruído a adorar. Praticava ao mesmo tempo uma
vida impura e escandalosa. Para obter melhores resultados nos estudos de magia, estabeleceu contacto com uma velha
bruxa chamada Evora, que era considerada a mulher mais poderosa da zona e que conseguia adivinhar o futuro pelas
mãos, cartas e sonhos. Evora morreu com uma idade avançada, deixando-lhe todos os manuscritos resultantes das suas
experiências e descobertas, e Cipriano tirou grande proveito desses manuais. Tornou-se então o mais célebre
feiticeiro, conhecido um pouco por todo o lado, e passava dia e noite ligado ao estudo da alquimia, anotando todos os
rituais que praticava para não se esquecer dessa prática e dos seus efeitos. Um cristão chamado Eusébio, excompanheiro
de estudos, censurava-o muito, tentando tirá-lo do abismo profundo em que o via precipitar-se. Porém,
além de desprezar as suas exortações e censuras, Cipriano ridicularizava todos os que professavam o cristianismo.
Chegou até a unir-se aos perseguidores dos cristãos para os obrigar a renunciar ao Evangelho e a renegar o nome de
Jesus Cristo. Nessa altura vivia em Antioquia uma jovem de nome Justina, rica e bela, que fora educada nas
superstições do paganismo. Porém Justina, ao ouvir as pregações de Prailo, diácono de Antioquia, decidiu abandonar
todas as práticas idólatras, abraçando a fé católica e conseguindo aos poucos converter os seus próprios pais. Depois de
se tornar cristã, Justina entregou-se às orações e ao retiro. Um pobre mancebo, Aglaide, apaixonou-se por ela e pediu-a
por esposa, tendo os pais respondido afirmativamente. Mas isso não foi suficiente para que o jovem obtivesse o «sim»
da parte de Justina. Aglaide procurou então o «bruxo» Cipriano, tendo este utilizado todos os meios das artes diabólicas
para satisfazer o desejo do amigo. Ofereceu aos demónios vários sacrifícios, e estes prometeram-lhe sucesso, sendo
Justina assediada com terríveis e a presença de fantasmas. Porém ela, fortalecida pela graça de Deus, saiu vitoriosa.
Indignado por não a conseguir vencer, Cipriano insurgiu-se contra o demónio, acusando-o de «fraco», e pedindo-lhe que
lhe dissesse de onde vinha aquela força sobrenatural de Justina. Então o demónio, coagido por uma divina virtude,
confessou a verdade, dizendo-lhe que o Deus dos cristãos era o supremo Senhor do Céu, da Terra e dos Infernos, e
que nenhum demónio podia actuar contra o sinal da cruz com que Justina continuamente se protegia. Cipriano resolveu
então renunciar aos prestígios e sortilégios do demónio, esperando a bondade de Deus, a quem pediu que o admitisse
como seu servo. Irritado por perder aquele através de quem fizera tantos seguidores, o demónio apoderou-se do seu
corpo. Mas logo foi obrigado a sair, pela graça de Jesus Cristo, que se tornara Senhor do coração de Cipriano. Mas o Deus
de Justina, que sempre invocava, ajudou-o tornando-o vitorioso. Fazia sem cessar o sinal da cruz, e tinha sempre nos
lábios e no coração o nome de Jesus, não cessando de invocar a ajuda da Virgem Maria. Concluiu que o Deus dos
cristãos era o verdadeiro. Perante aqueles que não consideraram a sua conversão sincera, Cipriano dissipou as
dúvidas, queimando os seus livros de magia, após haver distribuído os seus bens aos pobres. Foi baptizado, com
Aglaide, apaixonado de Justina, que, arrependido da sua loucura, quis emendar a sua vida e seguir a fé verdadeira.
Depois disto, fez progressos, praticando penitência. Via-se muitas vezes na igreja, prostrado, com a cabeça coberta de
cinza, rogando a todos os fiéis que implorassem para ele a divina misericórdia. Para se humilhar e suprimir a sua antiga
soberba, conseguiu que lhe dessem o emprego de varredor da igreja. FESTA: 26 de Setembro LENDA: Diz-se que o
Imperador mandou açoitar Justina e despedaçar com pentes de ferro as carnes de São Cipriano com tamanha crueldade
que até aos mesmos pagãos causou horror. Vendo que nada abatia a firme constância dos generosos mártires, mandou
lançar cada um deles numa grande caldeira cheia de pez, de banha e cera a ferver. E o fogo, que estava debaixo das
caldeiras não tinha o mínimo calor. Os que assistiam à cena pensavam que todos aqueles prodígios procediam dos
sortilégios do seu antigo mestre e, querendo ganhar nome e reputação maior entre o povo, umd eles invocou os demónios
com as suas cerimônias mágicas, lançando-se deliberadamente na mesma caldeira donde Cipriano foi extraído. Porém,
logo perdeu a vida, despregando-se a carne dos ossos. Diocleciano ordenou que, sem mais formalidades, fossem
degolados Cipriano e Justina, o que ocorreu no dia 26 de Setembro nas margens do Rio Galo. Os manuscritos de São
Cipriano e os apontamentos da bruxa Evora, encontrados numa velha arca, foram levados para Roma e arquivados no
Vaticano. Estes preciosos documentos, escritos em hebraico, foram traduzidos por grandes sábios que dizem ter tirado
deles grande proveito para o bem da humanidade. LOCAL DE NASCIMENTO: Antioquia, por volta do ano 250 e.C.
MORTE: Morreu como mártir, em Nicodemia, com Santa Justina PROTECÇÃO: Contra magia negra, maus espíritos e
possessões demoníacas PROFISSÕES A QUE PRESIDE: Não existe uma profissão específica REPRESENTAÇÃO: É
retratado como um feiticeiro envolvido por uma aura de luz e lutando contra os demónios; também surge com uma vara
na mão, que simboliza o poder divino ORAÇÃO: «Senhor Jesus Cristo, nosso Deus, Rei dos reis e Senhor dos senhores,
glória a Ti. Tu conheces os segredos do teu humilde servo Cipriano, que não eram conhecidos antes das Tuas
maravilhas, Senhor todo Poderoso. Tu és o único Senhor Jesus Cristo, nosso Deus. Imploro a Tua misericórdia, e peço
que, onde abundou o pecado, possa abundar a Tua graça. Senhor nosso Deus, te imploro e solicito, para que por
intermédio desta minha oração, qualquer homem, tendo o espírito da malícia e da malignidade, seja limpo totalmente, com
todo o seu lar. Se está amarrado por obras de magia do maligno ou fascinação, impedido e atado, de imediato se liberte
de qualquer enfermidade, amarração, vínculo e magia, engano, inveja, maldade, feitiço, encantamento, calúnia, loucura,
fraqueza ou desespero. Que seja libertado, solto, desamarrado, redimido, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amen.»

A lenda de São Cipriano



A lenda de São Cipriano - O Feiticeiro - confunde-se com um outro célebre Cipriano imortalizado na Igreja Católica, conhecido como Papa Africano. Apesar do abismo histórico que os afasta, as lendas combinam-se e os Ciprianos, muitas vezes, tornam-se um só na cultura popular. É comum encontrarmos fatos e características pessoais atribuídas equivocadamente. Além dos mesmos nomes, os mártires coexistiram, mas em regiões distintas.
Cipriano - O Feiticeiro - é celebrado no dia 2 de Outubro. Foi um homem que dedicou boa parte de sua vida ao estudo das ciências ocultas. Após deparar-se com a jovem (Santa) Justina, converteu-se ao catolicismo. Martirizado e canonizado, sua popularidade excedeu a fé cristã devido ao famoso Livro de São Cipriano, um compilado de rituais de magia.
A fantástica trajetória do Feiticeiro e Santo da Antioquia, representa o elo entre Deus e o Diabo, entre o puro e o pecaminoso, entre a soberba e a humildade. São Cipriano é mais que um personagem da Igreja Católica ou um livro de magia; é um símbolo da dualidade da fé humana.
O FEITICEIRO
Filho de pais pagãos e muito ricos, nasceu em 250 d.C. na Antioquia, região situada entre a Síria e a Arábia, pertencente ao governo da Fenícia. Desde a infância, Cipriano foi induzido aos estudos da feitiçaria e das ciências ocultas como a alquimia, astrologia, adivinhação e as diversas modalidades de magia.
Após muito tempo viajando pelo Egito, Grécia e outros países aperfeiçoando seus conhecimentos, aos trinta anos de idade Cipriano chega à Babilônia a fim de conhecer a cultura ocultista dos Caldeus. Foi nesta época que encontrou a bruxa Évora, onde teve a oportunidade de intensificar seus estudos e aprimorar a técnica da premonição. Évora morreu em avançada idade, mas deixou seus manuscritos para Cipriano, dos quais foram de grande proveito. Assim, o feiticeiro dedicou-se arduamente, e logo se tornou conhecido, respeitado e temido por onde passava.
A CONVERSÃO CRISTÃ
Vivia em Antioquia a bela e rica donzela Justina. Seu pai Edeso e sua mãe Cledonia, a educaram nas tradições pagãs. Porém, ouvindo as pregações do diácono Prailo, Justina converteu-se ao cristianismo, dedicando sua vida as orações, consagrando e preservando sua virgindade.
Um jovem rico chamado Aglaide apaixonou-se por Justina. Os pais da donzela (também convertidos à fé Cristã) concederam-na por esposa. Porém, Justina não aceitou casar-se. Aglaide recorreu a Cipriano para que o feiticeiro aplicasse seu poder, de modo que a donzela abandonasse a fé e se entregasse ao matrimônio.
Cipriano investiu a tentação demoníaca sobre Justina. Fez uso de um pó que despertaria a luxúria, ofereceu sacrifícios e empregou diversas obras malignas. Mas não obteve resultado, pois Justina defendia-se com orações e o Sinal da Cruz. A ineficácia dos feitiços fez com que Cipriano se desiludisse profundamente perante sua fé e se voltasse contra o demônio. Influenciado por um amigo cristão de nome Eusébio, o bruxo converteu-se ao cristianismo, chegando a queimar seus manuscritos de feitiçaria e distribuir seus bens entre os pobres.
A MORTE
As notícias da conversão e das obras cristãs de Cipriano e Justina, chegaram até o imperador Diocleciano que se encontrava na Nicomédia. Assim, logo foram perseguidos, presos e torturados. Frente ao imperador, viram-se forçados a negar a fé cristã. Justina foi chicoteada, e Cipriano açoitado com pentes de ferro. Não cederam.
Irritado com a resistência, Diocleciano ainda lançou Cipriano e Justina numa caldeira fervente de banha e cera. Os mártires não renunciaram, e tampouco transpareciam sofrimento. O feiticeiro Athanasio (que havia sido discípulo de Cipriano) julgou que as torturas não surtiam efeito devido a algum sortilégio lançado por seu ex-mestre. Na tentativa de desafiar Cipriano e elevar a própria moral, Athanasio invocou os demônios e atirou-se na caldeira. Seu corpo foi dizimado pelo calor em poucos segundos.
Após este fato, o imperador Diocleciano finalmente ordenou a morte de Justina e Cipriano. No dia 26 de Setembro de 304, os mártires e um outro cristão de nome Teotiso, foram decapitados às margens do Rio Galo da Nicomédia. Os corpos ficaram expostos por 6 dias, até que um grupo de cristãos recolheu e os levou para Roma, ficando sob os cuidados de uma senhora chamada Rufina. Já no império de Constantino, os restos mortais foram enviados para a Basílica de São João Latrão.
O LIVRO
O famoso Livro de São Cipriano foi redigido antes de sua conversão, mas o mistério que envolve a vida do Santo interfere também em seu livro. Uma parte dos manuscritos foi queimada por ele mesmo. A questão é que não se sabe quando, e por quem os registros foram reunidos e traduzidos do hebraico para o latim, e posteriormente levados para diversas partes do mundo.
No decorrer dos anos, o conteúdo sofreu alterações significativas. Houve uma adaptação de acordo com as necessidades e possibilidades contemporâneas; além da adequação necessária na tradução para os vários idiomas. Esses fatores colocam em dúvida a fidelidade das versões recentes, se comparadas às mais antigas.
Atualmente, não é possível falar do Livro, mas sim dos Livros de São Cipriano. As edições capa preta e capa de aço; ou aquelas intituladas como o autêntico, o verdadeiro ou o único, enfatizam um mesmo acervo mágico central, e ainda exaltam o cristianismo e a vitória do bem sobre o mal. Porém, existem grandes diferenças no conteúdo. Enquanto alguns exemplares apresentam histórias e rituais inofensivos, outros apelam para campos negativistas e destrutivos da magia.
Num aspecto geral, encontram-se instruções aos religiosos para tratar de uma moléstia, além de cartomancia, esconjurações e exorcismos. A Oração da Cabra Preta, Oração do Anjo Custódio e outras da crença popular também são inclusas (Magnificat, Cruz de São Bento, Oração para Assistir aos Enfermos na Hora da Morte etc.), além dos rituais de como obter um pacto com o demônio, como desmanchar um casamento e da caveira iluminada com velas de sebo.
No Brasil, o Livro de São Cipriano é usado largamente nas religiões afro-brasileiras, e se tornou um almanaque ocultista de fácil acesso que se dilui na crendice popular. Há ainda os mitos que o cercam: muitos consideram ser pecado possuí-lo ou simplesmente tocá-lo. De qualquer forma, o tema São Cipriano e tudo que o cerca, é um campo de estudo e pesquisa muito interessante para os ocultistas, religiosos e aventureiros.






Oração para o Amor


Oração para o Amor
Salve a Rainha Cigana do Povo do Oriente!Salve todas as forcas da Natureza: o fogo, a água, o ar e a terra.Salve toda semente que brota no seio da terra, as flores e os frutos benditos.Salve o calor do Sol e a luz mágica da Lua.Em nome de todas essas energias poderosas, rogo com toda humildade para que o cigano (ver o zodíaco cigano) ilumine os caminhos de ((K.K.R)) no trabalho, no amor e na saúde.Rogo ao cigano (ver o zodíaco cigano…) que leve a minha imagem, o meu amor, o meu nome e o meu coração ao coração de ((K.K.R))Cigano (ver o zodíaco cigano…), não permita que ((K.K.R)) se afaste de mim.Faca com que nosso amor floresça, que de frutos, que brilhe como o sol e seja poderoso e encantador, como a mágica luz da lua.Que a magia do povo cigano, com toda forca do bem, afaste de nos dois toda a maldade e toda inveja e nos uma dentro do circulo dourado da paz, da harmonia e da felicidade de um amor eterno.Eu ((F.A.S)), agradeço de coração a Rainha Cigana do Povo do Oriente e a todas as forcas da Natureza.

O Mistério de São Cipriano


O Mistério de São CiprianoQuem era o místico São Cipriano? Um santo, um feiticeiro, ou um bruxo na pior acepção da palavra? O que esconde olivro de São Cipriano? Conheça um pouco da história de um dos nomes mais míticos da fé.Tascius Caecilius Cyprianus, conhecido popularmente pelo Feiticeiro, nasceu na cidade de Antióquia, algures entre a Síriae a antiga Arábia. Foi enviado para o sacerdócio dos deuses pelos seus pais, e lá aprendeu toda a lei do sacrifício e daarte de idolatrar algo/alguém. Do seu currículo contam-se inúmeros trabalhos teológicos, muitos deles de valorreconhecido. Porém, uma viagem à Babilónia com o intuito de aprender astrologia e numerologia, levou-o para oscaminhos misteriosos da magia. Foi por esta altura, já após ter completado os 30 anos, que Cipriano tenta o contactocom os demónios!Nas bancas é possível encontrar o famoso livro de São Cipriano. E quem nunca ouviu falar dele? Ainda assim, é desalientar a existência de dois livros: um que ensina magia preta ou branca, para além de todas as artimanhas ligas àsorte, e outro, contendo orações de amor, podendo lá encontrar-se orações inofensivas, outras maléficas, e algumasverdadeiramente repugnantes. Cipriano apurou a sua malvadez, o sarcasmo, e aproveitou-se desse facto para estudara magia, tanto a mais ingénua como a mais fatal possível. O objectivo foi sempre entrar em contacto com demónios, econseguir ter com eles uma relação de proximidade.A par deste método de estudo que Cipriano desenvolveu na Babilónia, é ainda de realçar a vida que o mesmo fazia porlá: imprópria, escandalosa, sempre muito longe das bases que regem um homem da fé. A vida de Cipriano começou aafundar-se cada vez mais, à medida que tentava estabelecer contacto com os demónios, através de diversas magias.Eusébio, antigo companheiro de estudos, tentou ainda tentar salvar Cipriano, mas este apenas desprezava a suaideologia. Cipriano, completamente dominado pela bruxaria, chegou mesmo a desprezar a lei cristã, ridicularizando-a aomáximo, e chegando a unir-se, mais tarde, aos bárbaros, para obrigar os cristãos a renunciar a Jesus Cristo.Uma história que se conhece acerca de São Cipriano é aquela que fala de Justina e Adelaide. Foi esta a históriaresponsável pela conversão de Cipriano. Justina era bela e rica, jovem totalmente entregue à fé cristã. Um rapazchamado Adelaide ficou encantado por ela desde a primeira vez que a viu, e apesar dos seus pais concederem a mãoda filha ao jovem, Justina não concordou casar com ele. Foi nessa altura que Adelaide procurou Cipriano, recorrendoeste aos métodos mais diabólicos para conquistar a jovem. Inúmeros fantasmas começaram a atormentar Justina, masesta conseguiu salvar-se de todos os malefícios de Cipriano. Este episódio originou uma enorme disputa entre Cipriano eo demónio que havia contactado para o ajudar, chegando o demónio a apoderar-se do corpo de Cipriano. Porém, odemónio foi logo obrigado a sair graças ao poderes de Jesus Cristo, que o defendeu na altura.Conta-se que Cipriano procurou de imediato o seu amigo Eusébio, reconhecendo todos os seus erros e a força dacristandade. Desta forma, Cipriano empenhou-se numa grande batalha para conseguir vencer as tentações do Diabo, queo avisaram desde logo que Cipriano teria um lugar no Inferno por os ter abandonado. Cipriano viria a queimar todos osseus livros de magia, deu tudo aos pobres, e ingressou no grupo de catecúmenos. Cipriano viria também,posteriormente, a ser baptizado pelo Bispo, e ser considerado um santo por muitos graças à sua entrega.A sua conversão à fé foi tanta que, tempos depois, Cipriano e Justina foram presos, e vítimas de diversos horrores, talvezpor inveja daqueles que tanto apregoavam a fé. Atirados para um caldeirão de alcatrão, banha e cera a ferver, Ciprianoe Justina limitaram-se a permanecer serenos. Como os dois mártires não sofreram, Diocliciano, um das pessoasdetentoras de maior poder, ordenou que ambos fossem degolados, no dia 26 de Setembro, nas margens do rio Galo.A vida do feiticeiro, bruxo, e astrólogo Cipriano foi repleta de avanços e recuos no que compete à fé e religião. De feiticeiroele passou a Santo, protagonizando acções dignas de uma pessoa com este título, e realizou autênticos milagres. Paratrás ficaram as magias, rezas, o sofrimento, e o contacto com os demónios que levou Cipriano a cometer as maioresloucuras. Não se sabe se seguiu para o inferno ou não, mas apenas que a vida de Cipriano originou sempre muitadiscussão e controvérsia. Para que perceba até que ponto podia ir a perversidade deste homem, fique a conhecer umaoração sua. Esta oração deve ser rezada com uma vela acesa e uma faca de ponta nas mãos, colocando o nome dapessoa no lugar de ‘fulano’. Esta é uma das tais orações que pode ser usada para fazer bem ou mal, dependendo daintenção de quem recorre a ela.
Oração da Cabra Preta:Cabra Preta milagrosa que pelo monte subiu, trazei-me ((K.K.R))’, que de minha mão sumiu.((K.K.R))’, assim como o galocanta, o burro rincha, o sino toca e a cabra berra. Assim tu hás de andar atrás de mim.Assim como Caifaz, Satanás, Ferrabraz e o Maioral do inferno que fazem todos se dominar, fazei ‘((K.K.R))’’ se dominar,para me trazer cordeiro, preso debaixo de meu pé esquerdo.‘((K.K.R))’’, dinheiro na tua e na minha mão não hão de faltar, com sede tu nem eu haveremos de acabar, de tiro e faca tunem eu há de pegar, meus inimigos não hão de me enxergar.A luta vencerei com a oração da Cabra Preta milagrosa. ‘((K.K.R))’’, com dois eu te vejo, com três eu te prendo com Caifaz,Satanás, Ferrabraz

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

SÃO CIPRIANO





SÃO CIPRIANO
Cipriano (denominado o Feiticeiro para distinguir-se do célebre Cipriano, dispo de Cartago), nasceu na Antióquia, por volta de 250 d.C., situada entre a Síria e a Arábia, pertencente o governo da Fenícia. Seus pais idólatras e providos de copiosas riquezas, vendo que a natureza o dotara de talentos próprios para conciliar a estimação dos homens, o destinaram para o serviço das falsas divindades, fazendo-o instruir em toda a ciência dos sacrifícios que se ofereciam aos ídolos, de modo que ninguém, como ele, tinha tão profundo conhecimento dos profanos mistérios do bárbaro gentilismo. Na idade de trinta anos, fez ele uma viagem ao país da Babilônia para aprender a astrologia judiciária e os mistérios mais ocultos dos supersticiosos caldeus. E sobre a grave culpa de empregar em tais estudos o tempo que lhe era concedido para conhecer e seguir a verdade, aumentou Cipriano a sua malícia e a sua maleficência. Se deu inteiramente ao estudo da magia, para conseguir por meio desta arte um estreito comércio com os demônios; praticando ao mesmo tempo uma vida impura e absolutamente escandalosa.
Cipriano, para obter melhores resultados nos estudos da magia, ligou-se com a velha bruxa Evora, que era a mais poderosa em adivinhar o futuro pelas mãos, cartas e sonhos.
Evora morreu em avançada idade, deixando-lhe todos os manuscritos de sua descoberta, de que Cipriano tirou grande proveito. Cipriano tornou-se o mais célebre feiticeiro, porque passava dia e noite só ligado ao estudo da alquimia; e qualquer coisa que descobrisse, fazia, para não se esquecer, os apontamentos nas paredes, nas mesas e por toda a parte onde se lhe tornasse no momento mais fácil.
E, conquanto um verdadeiro cristão chamado Eusébio, que havia sido seu companheiro de estudos, lhe fizesse muitas vezes vigorosas censuras sobre a sua má vida, procurando arrancá-lo do abismo profundo que o via precipitado. Só não desprezava Cipriano as suas exortações e censuras, mas também ainda se valia do infernal engenho para ridicularizar os sacrossantos mistérios e virtuosos professores da lei cristã, por ódio a qual chegou a unir-se com os bárbaros perseguidores para obrigar os cristãos a renunciarem ao Evangelho e renegarem a Jesus Cristo.
Tinha chegado a este estado a vida de Cipriano, quando a infinita misericórdia de Deus se dignou iluminar e converter esse infeliz vaso de injúrias e infâmias em vaso de eleição e de honra; valendo-se e servindo-se da sua divina graça para obrar no coração de Cipriano este prodigioso milagre da sua onipotência.
Parte II - A Conversão de São Cipriano
Vivia em Antióqia uma donzela por nome Justina, não menos rica do que bela, a quem seu pai Edeso e sua mãe Cledônia educaram com muito cuidado nas superstições do paganismo. Porém Justina, dotada como era, de um claro engenho, assim que ouviu as pregações de Prailo, diácono de Antióquia, abandonou as extravagâncias gentílicas e, abraçando a fé católica, conseguiu converter aos poucos os seus próprios pais.
Constituída cristã, a ditosa virgem tornou-se ao mesmo tempo uma das mais perfeitas esposas de Jesus Cristo, consagrando-lhe a sua virgindade e procurando adquirir todos os meios de conservar essa delicada virtude, para cujo efeito observava cuidadosamente a modéstia entregando-se às orações e ao retiro. Não obstante isto, vendo-a, um pobre mancebo, de nome Aglaide, lhe captou tanto os agrados, que logo pediu a seus pais para esposa, ao que eles deram consentimento; e só não pôde obter o consenso da própria Justina.
Aglaide então procurou então Cipriano, o qual, com efeito, empregou todos os meios mais eficazes da sua diabólica arte para satisfazer ao namorado amigo. Ofereceu aos demônios muitos abomináveis sacrifícios e eles lhe prometeram o desejado sucesso, investindo logo a santa com terríveis tentações e horríveis fantasmas. Porém ela, fortalecida pela graça de Deus, que tinha merecido com orações contínuas, rigor e, sobretudo com o patrocínio da Santíssima Virgem (a quem ela chamava sua mãe santíssima), ficou sempre vitoriosa.
Indignado Cipriano por não poder vencê-la, se levantou contra o demônio, que estava presente, e lhe falou desta maneira: "Pérfido, já veio a tua fraqueza, quando não podes vencer a uma delicada donzela, tu, que tanto de jactas do teu poder de obrar prodigiosas maravilhas! Diz-me logo de onde procede esta mudança, e com que armas se defende aquela virgem para deixar inúteis os teus esforços?"
Então o demônio, obrigado por uma divina virtude, lhe confessou a verdade, dizendo-lhe que o Deus dos cristãos era o supremo Senhor do Céu, da Terra e dos infernos; e que nenhum demônio podia obrar contra o sinal da cruz com que Justina continuamente se armava. De maneira que por este mesmo sinal, logo ele lhe aparecia para tentar, era obrigado a fugir.
"Pois se isso assim é - replicou Cipriano - eu sou bem louco em não me dar ao serviço de um senhor mais poderoso do que tu. E assim, se o sinal da cruz, em que morreu o Deus dos cristãos, te faz fugir, não quero já servir-me dos teus prestígios, antes renuncio inteiramente a todos os teus sortilégios, esperando a bondade de Deus de Justina que haja de me admitir por seu servo."
Irritado então o demônio de perder aquele por meio do qual fizera tantas conquistas, se apoderou do seu corpo. Porém (diz São Gregório) foi logo obrigado a sair, pela graça de Jesus Cristo, que estava senhor do seu coração. Teve pois, Cipriano, de manter vigorosos combates contra os inimigos de sua alma; mas o Deus de Justina, a quem ele sempre invocava, lhe valeu com o seu auxílio e o fez ficar vitorioso.
Concorreu também muito para este efeito o seu amigo Eusébio, a quem Cipriano procurou logo, e disse com muitas lágrimas: "Meu grande amigo, chegou para mim o ditoso tempo de reconhecer meus erros e abomináveis desordens, e espero que o teu Deus, que já confesso ser o único e verdadeiro, me admitirá no grêmio dos seus íntimos servos, parar maior triunfo da sua benigna misericórdia."
Muito satisfeito Eusébio por uma tão prodigiosa mudança abraçou afetuosamente o seu amigo e lhe deu muitos parabéns pela sua heróica resolução, animando-o a confiar sempre na infalível verdade do puríssimo Deus, que nunca desampara os que sinceramente o procuram. E assim fortificado, o venturoso Cipriano pôde existir com valor a todas as tentações diabólicas.
Para este efeito, fazia ele sem cessar o sinal da cruz, e tendo sempre nos lábios e no coração o sacrossanto nome de Jesus, não cessava de invocar a assistência da Santíssima Virgem. Vendo, pois, os demônios inteiramente frustrados todos os seus artifícios, aplicaram o seu esforço maior em o tentar de desesperação, propondo-lhe com viveza de espírito estes e outros tais discursos e reflexões:
"Que o Deus dos cristãos era sem dúvida o único Deus verdadeiro, mas que era um Deus de pureza, um Deus que punia com severidade extrema ainda os menores crimes, de que a maior prova eram eles mesmos, que por um só pecado de soberba foram condenados a uma pena extrema.
Como haveria perdão para eles, que pelo número de gravidade das suas culpas tinha já um lugar preparado no mais profundo do inferno? E que, portanto, não tendo misericórdia que esperar, cuidasse em se divertir, satisfazendo à rédea larga todas as paixões da sua vida."
Na verdade esta tentação veemente pôs em grande perigo a salvação de Cipriano. Mas o amigo Eusébio, a quem ele se referiu, o animou e consolou, propondo-lhe em eficácia a benigna misericórdia, com que Deus recebe e generosamente perdoa aos pecadores arrependidos, por maiores que sejam os seus pecados. Depois o mesmo Eusébio o conduziu à assembléia dos fiéis, onde se admitiam as pessoas que desejavam instruir-se em tão luminosos mistérios.
Afirma o próprio São Cipriano, no livro da sua Confissão, que à vista do respeito e piedade de que estavam penetrados os fiéis, adorando o verdadeiro Deus, o tocou vivamente no coração. Diz ele: "Eu vi cantar naquele coro os louvores de Deus e terminar cada verso dos salmos com a palavra hebraica Aleluia; tido com atenção tão respeitosa e com tão suave harmonia, que me parecia estar entre os anjos ou entre os homens celestes."
No fim da função admiraram-se os assistentes de que um tal presbítero, como era Eusébio, introduzisse a Cipriano naquele sagrado congresso. E o mesmo bispo, que estava presidindo, muito mais o estranhou, porque não julgava sincera a conversão de Cipriano. Porém, ele dissipou logo essas dúvidas, queimando, na presença de todos, os seus livros de mágica, e introduzindo-se no número dos catecúmenos, depois de haver distribuído todos os seus bens aos pobres.
Instruído, pois Cipriano, e com suficiente disposição, o bispo o batizou, e juntamente a Aglaide, apaixonado de Justina, que, arrependido da sua loucura, quis emendar a sua vida e seguir a fé verdadeira. Tocada Justina destes dois exemplos da divina misericórdia, cortou os seus cabelos em sinal de sacrifício que fazia a Deus da sua virgindade, e repartiu também pelos pobres todos os bens que possuía.
Cipriano, depois disto, fez maravilhosos progressos nos caminhos do Senhor; e sua vida ordinária foi um perene exercício na mais rigorosa penitência. Via-se muitas vezes na igreja, prostrado por terra, com a cabeça coberta de cinza, rogando a todos os fiéis que implorassem para ele a divina misericórdia. E para mais se humilhar e suprimir a sua antiga soberba, obteve, a força de muitos pedidos, que lhe desse o emprego de varredor da igreja.
Ele morava em companhia do presbítero Eusébio, a quem venerou sempre como a seu pai espiritual. E o divino Senhor que se digna ostentar os tesouros da sua clemência sobre as almas humildes e sobre os grandes pecadores verdadeiramente convertidos, lhe concedeu a graça de realizar milagres. Isto junto a sua natural eloqüência concorreu muito para converter à fé um grande número de idólatras, servindo-se para isso do famoso escrito da sua Confissão, na qual, fazendo públicos os seus crimes e enormes excessos, animava a confiança, não só dos fiéis, mas a dos maiores pecadores.
Parte III - A morte de São Cipriano
Entretanto, o nome de São Cipriano o seu zelo e as numerosas conquistas que fazia para o reino de Jesus Cristo não podiam ser ignoradas dos imperadores. Diocleciano, que então se achava em Nicomédia, informado das maravilhas que realizava São Cipriano, e da perfeita santidade da virgem Justina, passou ordem para serem presos, o que logo executou o Juiz Eutolmo, governador da Fenícia.
Conduzidos pois à presença desse juiz, responderam com tanta generosidade e confessaram, com tanta eficácia, a fé em Jesus Cristo que pouco faltou para converterem o ímpio bárbaro. Mas, para que não se julgasse que ele favorecia os cristãos, mandou logo açoitar, com duas cordas, a Santa Justina, e despedaçar com pentes de ferro as carnes de São Cipriano tudo com tamanha crueldade que até aos mesmos pagãos causou horror!
Vendo então o tirano que nem promessas nem ameaças, nem aquele rigoroso suplício, nada abatia a firme constância dos generosos mártires, mandou lançar a cada um em uma grande caldeira cheia de pês, de banha e cera a ferver. Mas o prazer e a satisfação, que se admirava no rosto e nas palavras dos mártires, davam bem a conhecer que nada padeciam com aquele tormento. E o caso é que até se percebia que o mesmo fogo, que estava debaixo das caldeiras, não tinha o mínimo calor.
O que visto por um grande sacerdote dos ídolos, grande feiticeiro, chamado Athanásio (que algum tempo fora discípulo do mesmo Cipriano), julgando que todos aqueles prodígios procediam dos sortilégios do seu antigo mestre e, querendo ganhar nome e reputação maior entre o povo, invocou os demônios com suas cerimônias mágicas e se lançou deliberadamente na mesma caldeira donde Cipriano foi extraído. Porém, logo perdeu a vida, e se lhe despregou a carne do osso.
Produziu este fato um novo resplendor às maravilhas do nosso santo, e esteve para haver naquela cidade um grande motivo a seu favor. Intimado, pois, o juiz tomou partido de enviar os mártires a Diocleciano, que estava por esse tempo em Nicomédia, informando-o, por escrito, de tudo o que se havia passado. Lida que foi a carta do governador, mandou Diocleciano que, sem mais formalidades dos processos dos costumes fossem degolados Cipriano e Justina; o que se executou no dia 26 de setembro nas margens do Rio Galo, que passa pelo meio da referida cidade.
E chegando naquela ocasião um bom cristão chamado Teotiso a falar em segredo a Cipriano, foi Teotiso condenado logo a ser também degolado. Era esse venturoso homem um marinheiro que, vindo das costas da Toscana, desembarcara próximo a Mitínia. Os seus companheiros, que eram todos cristãos, tendo notícia daquele sucesso, vieram de noite apreender os corpos dos três mártires e os conduziram a Roma onde estiveram ocultos em casa de uma pia senhora, até que no tempo de Constantino, o magno, foram transladados para a Basílica de São João Latrão.
Os manuscritos de São Cipriano e os apontamentos da bruxa Evora, que foram encontrados na sua velha arca, foram levados para Roma e arquivados no Vaticano.
Estes preciosos documentos estão em língua hebraica, os quais foram traduzidos por grandes sábios, tirando deles grande proveito, para o bem da humanidade (?).
Um episódio na vida de São Cipriano
Conta São Cipriano em um capítulo de seu livro que, numa sexta-feira, passando por um lugar deserto, viu tantos fantasmas em volta de si, que perdeu suas forças para poder lhes resistir; porém, aqueles fantasmas eram bruxas que queriam se salvar. Logo, uma delas disse a São Cipriano: "Salva-nos se entendes que, depois desta vida, temos outra." Cipriano respondeu ser escravo do Senhor e em seguida caiu em sono profundo e sonhou que a oração do Anjo Custódio o salvaria daquele perigo.
Ao acordar, teve uma breve visão do anjo. Era Custódio. São Cipriano lembrou-se da oração que lhe fora ensinada por São Gregório e conjurou os fantasmas que apareceram diante dele, eram quatorze bruxas.
"Quem sois?", perguntou-lhes Cipriano. "Somos Maria e Giberta, ambas irmãs", responderam duas das bruxas, "e as outras são minhas filhas", disse-lhe Maria. "Todas nós somos escravas de Lúcifer, queremos ser salvas e escravas do Senhor, como tu o és.", disseram todas em coro.
Ajudado pela oração do Anjo Custório, Cipriano salvou todas as bruxas e ligou todos os demônios para que nunca mais as atormentassem.
Como fez São Cipriano para Castigar o Demônio
São Cipriano viu o bem que ia gozar no Céu e o que lhe aconteceria se não abandonasse Lúcifer e resolveu castigar o demônio...
"Eu, Cipriano, servo de Deus, a quem amo de todo meu coração há dez anos, me pesa, Senhor, de não vos ter amado desde o dia em que nasci. Levanta-te, Lúcifer, lá desses infernos, vem à minha presença, traidor e falso deus a quem eu amava por ignorância.
Mas agora que estou desenganado, que o Deus que adoro é um Deus verdadeiro, poderoso e cheio de bondade, por quem eu te obrigo, Lúcifer, que me apareças sob a pena de desobediência; quando não me querias obedecer, serás castigado mil vezes mais do que tenciono. Aparece prontamente, Lúcifer, que te obrigo da parte de Deus (de Maria Santíssima e do Padre Eterno), eu te esconjuro pela força do Céu e da Graça de Deus, que está nas alturas com os braços abertos pronto para receber aqueles seus filhos que deixam de adorar os ídolos e os falsos deuses, a quem eu, Cipriano, amava já há trinta anos, porém agora, com a ajuda de Jesus Cristo, já deixei estas falsas divindades e adoro a um Deus poderoso que está no Céu, com quem eu tenho agora todo o pacto e o terei até a morte; é por este mesmo pacto que eu te cito e te obrigo, Lúcifer, que me apareças prontamente.
Abram-se já as portas do inferno. Vem, Satanás, à minha presença. Vem da parte do Oriente, em figura de criatura humana."
Conforme Cipriano relata no seu livro, neste instante, apareceu Lúcifer, cercado por todos os demônios do inferno.
"Haviam mais de três mil demônios em volta de mim, tentando me iludir, como nada podiam fazer, revoltaram-se a tal ponto que fizeram cair uma chuva de fogo, que parecia que todo o mundo estava ardendo, porém, eu invocava o nome de Cristo e nunca o fogo pôde chegar até mim ou me molestar."
O demônio resolveu não obedecer a Deus, nem a Cipriano e retirou-se de volta ao inferno, porém, Cipriano insistiu em castigar o demônio mil vezes mais. Pela segunda vez, Cipriano requereu a presença do demônio, dizendo o seguinte texto:
"Vós que estais na glória de Deus Padre, Deus Filho e Deus Espírito Santo e no poder e virtude de Maria Santíssima, e do Verbo Divino Encarnado, e no poder dos anjos do Céu, e dos querubins e Miguéis, cercados por obra e graça do Divino Espírito Santo e por toda esta santidade, mando, sem apelação nem agravo, sejam abertas as portas do inferno, e que venha já Lúcifer à minha presença, para que seja cumprida e executada a minha ordem, conforme eu lhe ordenei.
Apareça prontamente, Lúcifer, em figura de pessoa humana, sem estrépito nem mau cheiro.
Sejam já abertas as portas do inferno, assim, como se abriram as portas do cárcere onde estavam presos os Apóstolos, quando lhes apareceu um anjo a mando de Deus e, logo que o anjo chegou ao cárcere, foram abertas as portas e fugiram os Apóstolos e o anjo foi levado ao Céu, como Jesus Cristo lhe tinha determinado.
Jesus Cristo, peço-vos e mando, em vosso Santíssimo Nome, ao demônio que venha já à minha presença, sem que ofenda a minha pessoa, nem meu corpo, nem minha alma.
Apareça prontamente, Lúcifer, que eu te requero pelo poder do grande Adônis, pelo poder e virtude daquelas santas palavras que disse Jesus Nosso Senhor ao dar o último suspiro na cruz: - "Meu Deus, meu Deus, perdoai aos que me crucificam, que não sabem o que fazem."
Por estas santas palavras, te esconjuro e requero, Lúcifer, imperador do inferno; vem à minha presença sem apelação nem agravo, que eu te obrigo em nome de Jesus, Maria e José e te mando, em virtude de Santo Ubaldo Francisco, por estas santas palavras, pela virtude dos doze Apóstolos e por todos os Santos de Deus de Abraão, de Jacó e de Isaac, em virtude do anjo São Rafael, de todos os demais santos e virtudes dos Céus e ordens dos bem-aventurados: eu te requero, Lúcifer, pela virtude do bem-aventurado São João Batista, São Tomé, São Filipe, São Marcos, São Mateus, São Simão, São Judas, São Martinho e por todas as ordens dos mártires São Sebastião, São Fabião, São Cosme, São Damião, São Dionísio, com todos os seus companheiros, confessores de Deus e pela adoração do Rei David, e pelos quatro cavaleiros evangelistas, João, Lucas, Marcos e Mateus.
Eu te requero que me apareças, Lúcifer, sem apelação nem agravo, que te obrigo pelas quatro colunas do Céu que não me faltes a obediência.
Eu, criatura de Deus, te obrigo pelas 72 línguas que estão repartidas pelo mundo e por todos os poderes e virtudes. Aparece prontamente, desviando de mim quatro passos. Se não apareceres neste momento, serás castigado com maldições."
Neste momento o demônio voltou a aparecer, e Cipriano, usando de todo seu poder, o prendeu com uma corrente feita de chifres de carneiros virgens, e o castigou com três mil varadas dadas com vara feita de avaleira e três pregos gravados no meio. Depois do castigo, pôs-lhe um preceito para que nunca mais fizesse pacto com pessoa alguma.

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SÃO CIPRIANO
Cipriano (denominado o Feiticeiro para distinguir-se do célebre Cipriano, dispo de Cartago), nasceu na Antióquia, por volta de 250 d.C., situada entre a Síria e a Arábia, pertencente o governo da Fenícia. Seus pais idólatras e providos de copiosas riquezas, vendo que a natureza o dotara de talentos próprios para conciliar a estimação dos homens, o destinaram para o serviço das falsas divindades, fazendo-o instruir em toda a ciência dos sacrifícios que se ofereciam aos ídolos, de modo que ninguém, como ele, tinha tão profundo conhecimento dos profanos mistérios do bárbaro gentilismo. Na idade de trinta anos, fez ele uma viagem ao país da Babilônia para aprender a astrologia judiciária e os mistérios mais ocultos dos supersticiosos caldeus. E sobre a grave culpa de empregar em tais estudos o tempo que lhe era concedido para conhecer e seguir a verdade, aumentou Cipriano a sua malícia e a sua maleficência. Se deu inteiramente ao estudo da magia, para conseguir por meio desta arte um estreito comércio com os demônios; praticando ao mesmo tempo uma vida impura e absolutamente escandalosa.
Cipriano, para obter melhores resultados nos estudos da magia, ligou-se com a velha bruxa Evora, que era a mais poderosa em adivinhar o futuro pelas mãos, cartas e sonhos.
Evora morreu em avançada idade, deixando-lhe todos os manuscritos de sua descoberta, de que Cipriano tirou grande proveito. Cipriano tornou-se o mais célebre feiticeiro, porque passava dia e noite só ligado ao estudo da alquimia; e qualquer coisa que descobrisse, fazia, para não se esquecer, os apontamentos nas paredes, nas mesas e por toda a parte onde se lhe tornasse no momento mais fácil.
E, conquanto um verdadeiro cristão chamado Eusébio, que havia sido seu companheiro de estudos, lhe fizesse muitas vezes vigorosas censuras sobre a sua má vida, procurando arrancá-lo do abismo profundo que o via precipitado. Só não desprezava Cipriano as suas exortações e censuras, mas também ainda se valia do infernal engenho para ridicularizar os sacrossantos mistérios e virtuosos professores da lei cristã, por ódio a qual chegou a unir-se com os bárbaros perseguidores para obrigar os cristãos a renunciarem ao Evangelho e renegarem a Jesus Cristo.
Tinha chegado a este estado a vida de Cipriano, quando a infinita misericórdia de Deus se dignou iluminar e converter esse infeliz vaso de injúrias e infâmias em vaso de eleição e de honra; valendo-se e servindo-se da sua divina graça para obrar no coração de Cipriano este prodigioso milagre da sua onipotência.
Parte II - A Conversão de São Cipriano
Vivia em Antióqia uma donzela por nome Justina, não menos rica do que bela, a quem seu pai Edeso e sua mãe Cledônia educaram com muito cuidado nas superstições do paganismo. Porém Justina, dotada como era, de um claro engenho, assim que ouviu as pregações de Prailo, diácono de Antióquia, abandonou as extravagâncias gentílicas e, abraçando a fé católica, conseguiu converter aos poucos os seus próprios pais.
Constituída cristã, a ditosa virgem tornou-se ao mesmo tempo uma das mais perfeitas esposas de Jesus Cristo, consagrando-lhe a sua virgindade e procurando adquirir todos os meios de conservar essa delicada virtude, para cujo efeito observava cuidadosamente a modéstia entregando-se às orações e ao retiro. Não obstante isto, vendo-a, um pobre mancebo, de nome Aglaide, lhe captou tanto os agrados, que logo pediu a seus pais para esposa, ao que eles deram consentimento; e só não pôde obter o consenso da própria Justina.
Aglaide então procurou então Cipriano, o qual, com efeito, empregou todos os meios mais eficazes da sua diabólica arte para satisfazer ao namorado amigo. Ofereceu aos demônios muitos abomináveis sacrifícios e eles lhe prometeram o desejado sucesso, investindo logo a santa com terríveis tentações e horríveis fantasmas. Porém ela, fortalecida pela graça de Deus, que tinha merecido com orações contínuas, rigor e, sobretudo com o patrocínio da Santíssima Virgem (a quem ela chamava sua mãe santíssima), ficou sempre vitoriosa.
Indignado Cipriano por não poder vencê-la, se levantou contra o demônio, que estava presente, e lhe falou desta maneira: "Pérfido, já veio a tua fraqueza, quando não podes vencer a uma delicada donzela, tu, que tanto de jactas do teu poder de obrar prodigiosas maravilhas! Diz-me logo de onde procede esta mudança, e com que armas se defende aquela virgem para deixar inúteis os teus esforços?"
Então o demônio, obrigado por uma divina virtude, lhe confessou a verdade, dizendo-lhe que o Deus dos cristãos era o supremo Senhor do Céu, da Terra e dos infernos; e que nenhum demônio podia obrar contra o sinal da cruz com que Justina continuamente se armava. De maneira que por este mesmo sinal, logo ele lhe aparecia para tentar, era obrigado a fugir.
"Pois se isso assim é - replicou Cipriano - eu sou bem louco em não me dar ao serviço de um senhor mais poderoso do que tu. E assim, se o sinal da cruz, em que morreu o Deus dos cristãos, te faz fugir, não quero já servir-me dos teus prestígios, antes renuncio inteiramente a todos os teus sortilégios, esperando a bondade de Deus de Justina que haja de me admitir por seu servo."
Irritado então o demônio de perder aquele por meio do qual fizera tantas conquistas, se apoderou do seu corpo. Porém (diz São Gregório) foi logo obrigado a sair, pela graça de Jesus Cristo, que estava senhor do seu coração. Teve pois, Cipriano, de manter vigorosos combates contra os inimigos de sua alma; mas o Deus de Justina, a quem ele sempre invocava, lhe valeu com o seu auxílio e o fez ficar vitorioso.
Concorreu também muito para este efeito o seu amigo Eusébio, a quem Cipriano procurou logo, e disse com muitas lágrimas: "Meu grande amigo, chegou para mim o ditoso tempo de reconhecer meus erros e abomináveis desordens, e espero que o teu Deus, que já confesso ser o único e verdadeiro, me admitirá no grêmio dos seus íntimos servos, parar maior triunfo da sua benigna misericórdia."
Muito satisfeito Eusébio por uma tão prodigiosa mudança abraçou afetuosamente o seu amigo e lhe deu muitos parabéns pela sua heróica resolução, animando-o a confiar sempre na infalível verdade do puríssimo Deus, que nunca desampara os que sinceramente o procuram. E assim fortificado, o venturoso Cipriano pôde existir com valor a todas as tentações diabólicas.
Para este efeito, fazia ele sem cessar o sinal da cruz, e tendo sempre nos lábios e no coração o sacrossanto nome de Jesus, não cessava de invocar a assistência da Santíssima Virgem. Vendo, pois, os demônios inteiramente frustrados todos os seus artifícios, aplicaram o seu esforço maior em o tentar de desesperação, propondo-lhe com viveza de espírito estes e outros tais discursos e reflexões:
"Que o Deus dos cristãos era sem dúvida o único Deus verdadeiro, mas que era um Deus de pureza, um Deus que punia com severidade extrema ainda os menores crimes, de que a maior prova eram eles mesmos, que por um só pecado de soberba foram condenados a uma pena extrema.
Como haveria perdão para eles, que pelo número de gravidade das suas culpas tinha já um lugar preparado no mais profundo do inferno? E que, portanto, não tendo misericórdia que esperar, cuidasse em se divertir, satisfazendo à rédea larga todas as paixões da sua vida."
Na verdade esta tentação veemente pôs em grande perigo a salvação de Cipriano. Mas o amigo Eusébio, a quem ele se referiu, o animou e consolou, propondo-lhe em eficácia a benigna misericórdia, com que Deus recebe e generosamente perdoa aos pecadores arrependidos, por maiores que sejam os seus pecados. Depois o mesmo Eusébio o conduziu à assembléia dos fiéis, onde se admitiam as pessoas que desejavam instruir-se em tão luminosos mistérios.
Afirma o próprio São Cipriano, no livro da sua Confissão, que à vista do respeito e piedade de que estavam penetrados os fiéis, adorando o verdadeiro Deus, o tocou vivamente no coração. Diz ele: "Eu vi cantar naquele coro os louvores de Deus e terminar cada verso dos salmos com a palavra hebraica Aleluia; tido com atenção tão respeitosa e com tão suave harmonia, que me parecia estar entre os anjos ou entre os homens celestes."
No fim da função admiraram-se os assistentes de que um tal presbítero, como era Eusébio, introduzisse a Cipriano naquele sagrado congresso. E o mesmo bispo, que estava presidindo, muito mais o estranhou, porque não julgava sincera a conversão de Cipriano. Porém, ele dissipou logo essas dúvidas, queimando, na presença de todos, os seus livros de mágica, e introduzindo-se no número dos catecúmenos, depois de haver distribuído todos os seus bens aos pobres.
Instruído, pois Cipriano, e com suficiente disposição, o bispo o batizou, e juntamente a Aglaide, apaixonado de Justina, que, arrependido da sua loucura, quis emendar a sua vida e seguir a fé verdadeira. Tocada Justina destes dois exemplos da divina misericórdia, cortou os seus cabelos em sinal de sacrifício que fazia a Deus da sua virgindade, e repartiu também pelos pobres todos os bens que possuía.
Cipriano, depois disto, fez maravilhosos progressos nos caminhos do Senhor; e sua vida ordinária foi um perene exercício na mais rigorosa penitência. Via-se muitas vezes na igreja, prostrado por terra, com a cabeça coberta de cinza, rogando a todos os fiéis que implorassem para ele a divina misericórdia. E para mais se humilhar e suprimir a sua antiga soberba, obteve, a força de muitos pedidos, que lhe desse o emprego de varredor da igreja.
Ele morava em companhia do presbítero Eusébio, a quem venerou sempre como a seu pai espiritual. E o divino Senhor que se digna ostentar os tesouros da sua clemência sobre as almas humildes e sobre os grandes pecadores verdadeiramente convertidos, lhe concedeu a graça de realizar milagres. Isto junto a sua natural eloqüência concorreu muito para converter à fé um grande número de idólatras, servindo-se para isso do famoso escrito da sua Confissão, na qual, fazendo públicos os seus crimes e enormes excessos, animava a confiança, não só dos fiéis, mas a dos maiores pecadores.
Parte III - A morte de São Cipriano
Entretanto, o nome de São Cipriano o seu zelo e as numerosas conquistas que fazia para o reino de Jesus Cristo não podiam ser ignoradas dos imperadores. Diocleciano, que então se achava em Nicomédia, informado das maravilhas que realizava São Cipriano, e da perfeita santidade da virgem Justina, passou ordem para serem presos, o que logo executou o Juiz Eutolmo, governador da Fenícia.
Conduzidos pois à presença desse juiz, responderam com tanta generosidade e confessaram, com tanta eficácia, a fé em Jesus Cristo que pouco faltou para converterem o ímpio bárbaro. Mas, para que não se julgasse que ele favorecia os cristãos, mandou logo açoitar, com duas cordas, a Santa Justina, e despedaçar com pentes de ferro as carnes de São Cipriano tudo com tamanha crueldade que até aos mesmos pagãos causou horror!
Vendo então o tirano que nem promessas nem ameaças, nem aquele rigoroso suplício, nada abatia a firme constância dos generosos mártires, mandou lançar a cada um em uma grande caldeira cheia de pês, de banha e cera a ferver. Mas o prazer e a satisfação, que se admirava no rosto e nas palavras dos mártires, davam bem a conhecer que nada padeciam com aquele tormento. E o caso é que até se percebia que o mesmo fogo, que estava debaixo das caldeiras, não tinha o mínimo calor.
O que visto por um grande sacerdote dos ídolos, grande feiticeiro, chamado Athanásio (que algum tempo fora discípulo do mesmo Cipriano), julgando que todos aqueles prodígios procediam dos sortilégios do seu antigo mestre e, querendo ganhar nome e reputação maior entre o povo, invocou os demônios com suas cerimônias mágicas e se lançou deliberadamente na mesma caldeira donde Cipriano foi extraído. Porém, logo perdeu a vida, e se lhe despregou a carne do osso.
Produziu este fato um novo resplendor às maravilhas do nosso santo, e esteve para haver naquela cidade um grande motivo a seu favor. Intimado, pois, o juiz tomou partido de enviar os mártires a Diocleciano, que estava por esse tempo em Nicomédia, informando-o, por escrito, de tudo o que se havia passado. Lida que foi a carta do governador, mandou Diocleciano que, sem mais formalidades dos processos dos costumes fossem degolados Cipriano e Justina; o que se executou no dia 26 de setembro nas margens do Rio Galo, que passa pelo meio da referida cidade.
E chegando naquela ocasião um bom cristão chamado Teotiso a falar em segredo a Cipriano, foi Teotiso condenado logo a ser também degolado. Era esse venturoso homem um marinheiro que, vindo das costas da Toscana, desembarcara próximo a Mitínia. Os seus companheiros, que eram todos cristãos, tendo notícia daquele sucesso, vieram de noite apreender os corpos dos três mártires e os conduziram a Roma onde estiveram ocultos em casa de uma pia senhora, até que no tempo de Constantino, o magno, foram transladados para a Basílica de São João Latrão.
Os manuscritos de São Cipriano e os apontamentos da bruxa Evora, que foram encontrados na sua velha arca, foram levados para Roma e arquivados no Vaticano.
Estes preciosos documentos estão em língua hebraica, os quais foram traduzidos por grandes sábios, tirando deles grande proveito, para o bem da humanidade (?).
Um episódio na vida de São Cipriano
Conta São Cipriano em um capítulo de seu livro que, numa sexta-feira, passando por um lugar deserto, viu tantos fantasmas em volta de si, que perdeu suas forças para poder lhes resistir; porém, aqueles fantasmas eram bruxas que queriam se salvar. Logo, uma delas disse a São Cipriano: "Salva-nos se entendes que, depois desta vida, temos outra." Cipriano respondeu ser escravo do Senhor e em seguida caiu em sono profundo e sonhou que a oração do Anjo Custódio o salvaria daquele perigo.
Ao acordar, teve uma breve visão do anjo. Era Custódio. São Cipriano lembrou-se da oração que lhe fora ensinada por São Gregório e conjurou os fantasmas que apareceram diante dele, eram quatorze bruxas.
"Quem sois?", perguntou-lhes Cipriano. "Somos Maria e Giberta, ambas irmãs", responderam duas das bruxas, "e as outras são minhas filhas", disse-lhe Maria. "Todas nós somos escravas de Lúcifer, queremos ser salvas e escravas do Senhor, como tu o és.", disseram todas em coro.
Ajudado pela oração do Anjo Custório, Cipriano salvou todas as bruxas e ligou todos os demônios para que nunca mais as atormentassem.
Como fez São Cipriano para Castigar o Demônio
São Cipriano viu o bem que ia gozar no Céu e o que lhe aconteceria se não abandonasse Lúcifer e resolveu castigar o demônio...
"Eu, Cipriano, servo de Deus, a quem amo de todo meu coração há dez anos, me pesa, Senhor, de não vos ter amado desde o dia em que nasci. Levanta-te, Lúcifer, lá desses infernos, vem à minha presença, traidor e falso deus a quem eu amava por ignorância.
Mas agora que estou desenganado, que o Deus que adoro é um Deus verdadeiro, poderoso e cheio de bondade, por quem eu te obrigo, Lúcifer, que me apareças sob a pena de desobediência; quando não me querias obedecer, serás castigado mil vezes mais do que tenciono. Aparece prontamente, Lúcifer, que te obrigo da parte de Deus (de Maria Santíssima e do Padre Eterno), eu te esconjuro pela força do Céu e da Graça de Deus, que está nas alturas com os braços abertos pronto para receber aqueles seus filhos que deixam de adorar os ídolos e os falsos deuses, a quem eu, Cipriano, amava já há trinta anos, porém agora, com a ajuda de Jesus Cristo, já deixei estas falsas divindades e adoro a um Deus poderoso que está no Céu, com quem eu tenho agora todo o pacto e o terei até a morte; é por este mesmo pacto que eu te cito e te obrigo, Lúcifer, que me apareças prontamente.
Abram-se já as portas do inferno. Vem, Satanás, à minha presença. Vem da parte do Oriente, em figura de criatura humana."
Conforme Cipriano relata no seu livro, neste instante, apareceu Lúcifer, cercado por todos os demônios do inferno.
"Haviam mais de três mil demônios em volta de mim, tentando me iludir, como nada podiam fazer, revoltaram-se a tal ponto que fizeram cair uma chuva de fogo, que parecia que todo o mundo estava ardendo, porém, eu invocava o nome de Cristo e nunca o fogo pôde chegar até mim ou me molestar."
O demônio resolveu não obedecer a Deus, nem a Cipriano e retirou-se de volta ao inferno, porém, Cipriano insistiu em castigar o demônio mil vezes mais. Pela segunda vez, Cipriano requereu a presença do demônio, dizendo o seguinte texto:
"Vós que estais na glória de Deus Padre, Deus Filho e Deus Espírito Santo e no poder e virtude de Maria Santíssima, e do Verbo Divino Encarnado, e no poder dos anjos do Céu, e dos querubins e Miguéis, cercados por obra e graça do Divino Espírito Santo e por toda esta santidade, mando, sem apelação nem agravo, sejam abertas as portas do inferno, e que venha já Lúcifer à minha presença, para que seja cumprida e executada a minha ordem, conforme eu lhe ordenei.
Apareça prontamente, Lúcifer, em figura de pessoa humana, sem estrépito nem mau cheiro.
Sejam já abertas as portas do inferno, assim, como se abriram as portas do cárcere onde estavam presos os Apóstolos, quando lhes apareceu um anjo a mando de Deus e, logo que o anjo chegou ao cárcere, foram abertas as portas e fugiram os Apóstolos e o anjo foi levado ao Céu, como Jesus Cristo lhe tinha determinado.
Jesus Cristo, peço-vos e mando, em vosso Santíssimo Nome, ao demônio que venha já à minha presença, sem que ofenda a minha pessoa, nem meu corpo, nem minha alma.
Apareça prontamente, Lúcifer, que eu te requero pelo poder do grande Adônis, pelo poder e virtude daquelas santas palavras que disse Jesus Nosso Senhor ao dar o último suspiro na cruz: - "Meu Deus, meu Deus, perdoai aos que me crucificam, que não sabem o que fazem."
Por estas santas palavras, te esconjuro e requero, Lúcifer, imperador do inferno; vem à minha presença sem apelação nem agravo, que eu te obrigo em nome de Jesus, Maria e José e te mando, em virtude de Santo Ubaldo Francisco, por estas santas palavras, pela virtude dos doze Apóstolos e por todos os Santos de Deus de Abraão, de Jacó e de Isaac, em virtude do anjo São Rafael, de todos os demais santos e virtudes dos Céus e ordens dos bem-aventurados: eu te requero, Lúcifer, pela virtude do bem-aventurado São João Batista, São Tomé, São Filipe, São Marcos, São Mateus, São Simão, São Judas, São Martinho e por todas as ordens dos mártires São Sebastião, São Fabião, São Cosme, São Damião, São Dionísio, com todos os seus companheiros, confessores de Deus e pela adoração do Rei David, e pelos quatro cavaleiros evangelistas, João, Lucas, Marcos e Mateus.
Eu te requero que me apareças, Lúcifer, sem apelação nem agravo, que te obrigo pelas quatro colunas do Céu que não me faltes a obediência.
Eu, criatura de Deus, te obrigo pelas 72 línguas que estão repartidas pelo mundo e por todos os poderes e virtudes. Aparece prontamente, desviando de mim quatro passos. Se não apareceres neste momento, serás castigado com maldições."
Neste momento o demônio voltou a aparecer, e Cipriano, usando de todo seu poder, o prendeu com uma corrente feita de chifres de carneiros virgens, e o castigou com três mil varadas dadas com vara feita de avaleira e três pregos gravados no meio. Depois do castigo, pôs-lhe um preceito para que nunca mais fizesse pacto com pessoa alguma.

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SÃO CIPRIANO
Cipriano (denominado o Feiticeiro para distinguir-se do célebre Cipriano, dispo de Cartago), nasceu na Antióquia, por volta de 250 d.C., situada entre a Síria e a Arábia, pertencente o governo da Fenícia. Seus pais idólatras e providos de copiosas riquezas, vendo que a natureza o dotara de talentos próprios para conciliar a estimação dos homens, o destinaram para o serviço das falsas divindades, fazendo-o instruir em toda a ciência dos sacrifícios que se ofereciam aos ídolos, de modo que ninguém, como ele, tinha tão profundo conhecimento dos profanos mistérios do bárbaro gentilismo. Na idade de trinta anos, fez ele uma viagem ao país da Babilônia para aprender a astrologia judiciária e os mistérios mais ocultos dos supersticiosos caldeus. E sobre a grave culpa de empregar em tais estudos o tempo que lhe era concedido para conhecer e seguir a verdade, aumentou Cipriano a sua malícia e a sua maleficência. Se deu inteiramente ao estudo da magia, para conseguir por meio desta arte um estreito comércio com os demônios; praticando ao mesmo tempo uma vida impura e absolutamente escandalosa.
Cipriano, para obter melhores resultados nos estudos da magia, ligou-se com a velha bruxa Evora, que era a mais poderosa em adivinhar o futuro pelas mãos, cartas e sonhos.
Evora morreu em avançada idade, deixando-lhe todos os manuscritos de sua descoberta, de que Cipriano tirou grande proveito. Cipriano tornou-se o mais célebre feiticeiro, porque passava dia e noite só ligado ao estudo da alquimia; e qualquer coisa que descobrisse, fazia, para não se esquecer, os apontamentos nas paredes, nas mesas e por toda a parte onde se lhe tornasse no momento mais fácil.
E, conquanto um verdadeiro cristão chamado Eusébio, que havia sido seu companheiro de estudos, lhe fizesse muitas vezes vigorosas censuras sobre a sua má vida, procurando arrancá-lo do abismo profundo que o via precipitado. Só não desprezava Cipriano as suas exortações e censuras, mas também ainda se valia do infernal engenho para ridicularizar os sacrossantos mistérios e virtuosos professores da lei cristã, por ódio a qual chegou a unir-se com os bárbaros perseguidores para obrigar os cristãos a renunciarem ao Evangelho e renegarem a Jesus Cristo.
Tinha chegado a este estado a vida de Cipriano, quando a infinita misericórdia de Deus se dignou iluminar e converter esse infeliz vaso de injúrias e infâmias em vaso de eleição e de honra; valendo-se e servindo-se da sua divina graça para obrar no coração de Cipriano este prodigioso milagre da sua onipotência.
Parte II - A Conversão de São Cipriano
Vivia em Antióqia uma donzela por nome Justina, não menos rica do que bela, a quem seu pai Edeso e sua mãe Cledônia educaram com muito cuidado nas superstições do paganismo. Porém Justina, dotada como era, de um claro engenho, assim que ouviu as pregações de Prailo, diácono de Antióquia, abandonou as extravagâncias gentílicas e, abraçando a fé católica, conseguiu converter aos poucos os seus próprios pais.
Constituída cristã, a ditosa virgem tornou-se ao mesmo tempo uma das mais perfeitas esposas de Jesus Cristo, consagrando-lhe a sua virgindade e procurando adquirir todos os meios de conservar essa delicada virtude, para cujo efeito observava cuidadosamente a modéstia entregando-se às orações e ao retiro. Não obstante isto, vendo-a, um pobre mancebo, de nome Aglaide, lhe captou tanto os agrados, que logo pediu a seus pais para esposa, ao que eles deram consentimento; e só não pôde obter o consenso da própria Justina.
Aglaide então procurou então Cipriano, o qual, com efeito, empregou todos os meios mais eficazes da sua diabólica arte para satisfazer ao namorado amigo. Ofereceu aos demônios muitos abomináveis sacrifícios e eles lhe prometeram o desejado sucesso, investindo logo a santa com terríveis tentações e horríveis fantasmas. Porém ela, fortalecida pela graça de Deus, que tinha merecido com orações contínuas, rigor e, sobretudo com o patrocínio da Santíssima Virgem (a quem ela chamava sua mãe santíssima), ficou sempre vitoriosa.
Indignado Cipriano por não poder vencê-la, se levantou contra o demônio, que estava presente, e lhe falou desta maneira: "Pérfido, já veio a tua fraqueza, quando não podes vencer a uma delicada donzela, tu, que tanto de jactas do teu poder de obrar prodigiosas maravilhas! Diz-me logo de onde procede esta mudança, e com que armas se defende aquela virgem para deixar inúteis os teus esforços?"
Então o demônio, obrigado por uma divina virtude, lhe confessou a verdade, dizendo-lhe que o Deus dos cristãos era o supremo Senhor do Céu, da Terra e dos infernos; e que nenhum demônio podia obrar contra o sinal da cruz com que Justina continuamente se armava. De maneira que por este mesmo sinal, logo ele lhe aparecia para tentar, era obrigado a fugir.
"Pois se isso assim é - replicou Cipriano - eu sou bem louco em não me dar ao serviço de um senhor mais poderoso do que tu. E assim, se o sinal da cruz, em que morreu o Deus dos cristãos, te faz fugir, não quero já servir-me dos teus prestígios, antes renuncio inteiramente a todos os teus sortilégios, esperando a bondade de Deus de Justina que haja de me admitir por seu servo."
Irritado então o demônio de perder aquele por meio do qual fizera tantas conquistas, se apoderou do seu corpo. Porém (diz São Gregório) foi logo obrigado a sair, pela graça de Jesus Cristo, que estava senhor do seu coração. Teve pois, Cipriano, de manter vigorosos combates contra os inimigos de sua alma; mas o Deus de Justina, a quem ele sempre invocava, lhe valeu com o seu auxílio e o fez ficar vitorioso.
Concorreu também muito para este efeito o seu amigo Eusébio, a quem Cipriano procurou logo, e disse com muitas lágrimas: "Meu grande amigo, chegou para mim o ditoso tempo de reconhecer meus erros e abomináveis desordens, e espero que o teu Deus, que já confesso ser o único e verdadeiro, me admitirá no grêmio dos seus íntimos servos, parar maior triunfo da sua benigna misericórdia."
Muito satisfeito Eusébio por uma tão prodigiosa mudança abraçou afetuosamente o seu amigo e lhe deu muitos parabéns pela sua heróica resolução, animando-o a confiar sempre na infalível verdade do puríssimo Deus, que nunca desampara os que sinceramente o procuram. E assim fortificado, o venturoso Cipriano pôde existir com valor a todas as tentações diabólicas.
Para este efeito, fazia ele sem cessar o sinal da cruz, e tendo sempre nos lábios e no coração o sacrossanto nome de Jesus, não cessava de invocar a assistência da Santíssima Virgem. Vendo, pois, os demônios inteiramente frustrados todos os seus artifícios, aplicaram o seu esforço maior em o tentar de desesperação, propondo-lhe com viveza de espírito estes e outros tais discursos e reflexões:
"Que o Deus dos cristãos era sem dúvida o único Deus verdadeiro, mas que era um Deus de pureza, um Deus que punia com severidade extrema ainda os menores crimes, de que a maior prova eram eles mesmos, que por um só pecado de soberba foram condenados a uma pena extrema.
Como haveria perdão para eles, que pelo número de gravidade das suas culpas tinha já um lugar preparado no mais profundo do inferno? E que, portanto, não tendo misericórdia que esperar, cuidasse em se divertir, satisfazendo à rédea larga todas as paixões da sua vida."
Na verdade esta tentação veemente pôs em grande perigo a salvação de Cipriano. Mas o amigo Eusébio, a quem ele se referiu, o animou e consolou, propondo-lhe em eficácia a benigna misericórdia, com que Deus recebe e generosamente perdoa aos pecadores arrependidos, por maiores que sejam os seus pecados. Depois o mesmo Eusébio o conduziu à assembléia dos fiéis, onde se admitiam as pessoas que desejavam instruir-se em tão luminosos mistérios.
Afirma o próprio São Cipriano, no livro da sua Confissão, que à vista do respeito e piedade de que estavam penetrados os fiéis, adorando o verdadeiro Deus, o tocou vivamente no coração. Diz ele: "Eu vi cantar naquele coro os louvores de Deus e terminar cada verso dos salmos com a palavra hebraica Aleluia; tido com atenção tão respeitosa e com tão suave harmonia, que me parecia estar entre os anjos ou entre os homens celestes."
No fim da função admiraram-se os assistentes de que um tal presbítero, como era Eusébio, introduzisse a Cipriano naquele sagrado congresso. E o mesmo bispo, que estava presidindo, muito mais o estranhou, porque não julgava sincera a conversão de Cipriano. Porém, ele dissipou logo essas dúvidas, queimando, na presença de todos, os seus livros de mágica, e introduzindo-se no número dos catecúmenos, depois de haver distribuído todos os seus bens aos pobres.
Instruído, pois Cipriano, e com suficiente disposição, o bispo o batizou, e juntamente a Aglaide, apaixonado de Justina, que, arrependido da sua loucura, quis emendar a sua vida e seguir a fé verdadeira. Tocada Justina destes dois exemplos da divina misericórdia, cortou os seus cabelos em sinal de sacrifício que fazia a Deus da sua virgindade, e repartiu também pelos pobres todos os bens que possuía.
Cipriano, depois disto, fez maravilhosos progressos nos caminhos do Senhor; e sua vida ordinária foi um perene exercício na mais rigorosa penitência. Via-se muitas vezes na igreja, prostrado por terra, com a cabeça coberta de cinza, rogando a todos os fiéis que implorassem para ele a divina misericórdia. E para mais se humilhar e suprimir a sua antiga soberba, obteve, a força de muitos pedidos, que lhe desse o emprego de varredor da igreja.
Ele morava em companhia do presbítero Eusébio, a quem venerou sempre como a seu pai espiritual. E o divino Senhor que se digna ostentar os tesouros da sua clemência sobre as almas humildes e sobre os grandes pecadores verdadeiramente convertidos, lhe concedeu a graça de realizar milagres. Isto junto a sua natural eloqüência concorreu muito para converter à fé um grande número de idólatras, servindo-se para isso do famoso escrito da sua Confissão, na qual, fazendo públicos os seus crimes e enormes excessos, animava a confiança, não só dos fiéis, mas a dos maiores pecadores.
Parte III - A morte de São Cipriano
Entretanto, o nome de São Cipriano o seu zelo e as numerosas conquistas que fazia para o reino de Jesus Cristo não podiam ser ignoradas dos imperadores. Diocleciano, que então se achava em Nicomédia, informado das maravilhas que realizava São Cipriano, e da perfeita santidade da virgem Justina, passou ordem para serem presos, o que logo executou o Juiz Eutolmo, governador da Fenícia.
Conduzidos pois à presença desse juiz, responderam com tanta generosidade e confessaram, com tanta eficácia, a fé em Jesus Cristo que pouco faltou para converterem o ímpio bárbaro. Mas, para que não se julgasse que ele favorecia os cristãos, mandou logo açoitar, com duas cordas, a Santa Justina, e despedaçar com pentes de ferro as carnes de São Cipriano tudo com tamanha crueldade que até aos mesmos pagãos causou horror!
Vendo então o tirano que nem promessas nem ameaças, nem aquele rigoroso suplício, nada abatia a firme constância dos generosos mártires, mandou lançar a cada um em uma grande caldeira cheia de pês, de banha e cera a ferver. Mas o prazer e a satisfação, que se admirava no rosto e nas palavras dos mártires, davam bem a conhecer que nada padeciam com aquele tormento. E o caso é que até se percebia que o mesmo fogo, que estava debaixo das caldeiras, não tinha o mínimo calor.
O que visto por um grande sacerdote dos ídolos, grande feiticeiro, chamado Athanásio (que algum tempo fora discípulo do mesmo Cipriano), julgando que todos aqueles prodígios procediam dos sortilégios do seu antigo mestre e, querendo ganhar nome e reputação maior entre o povo, invocou os demônios com suas cerimônias mágicas e se lançou deliberadamente na mesma caldeira donde Cipriano foi extraído. Porém, logo perdeu a vida, e se lhe despregou a carne do osso.
Produziu este fato um novo resplendor às maravilhas do nosso santo, e esteve para haver naquela cidade um grande motivo a seu favor. Intimado, pois, o juiz tomou partido de enviar os mártires a Diocleciano, que estava por esse tempo em Nicomédia, informando-o, por escrito, de tudo o que se havia passado. Lida que foi a carta do governador, mandou Diocleciano que, sem mais formalidades dos processos dos costumes fossem degolados Cipriano e Justina; o que se executou no dia 26 de setembro nas margens do Rio Galo, que passa pelo meio da referida cidade.
E chegando naquela ocasião um bom cristão chamado Teotiso a falar em segredo a Cipriano, foi Teotiso condenado logo a ser também degolado. Era esse venturoso homem um marinheiro que, vindo das costas da Toscana, desembarcara próximo a Mitínia. Os seus companheiros, que eram todos cristãos, tendo notícia daquele sucesso, vieram de noite apreender os corpos dos três mártires e os conduziram a Roma onde estiveram ocultos em casa de uma pia senhora, até que no tempo de Constantino, o magno, foram transladados para a Basílica de São João Latrão.
Os manuscritos de São Cipriano e os apontamentos da bruxa Evora, que foram encontrados na sua velha arca, foram levados para Roma e arquivados no Vaticano.
Estes preciosos documentos estão em língua hebraica, os quais foram traduzidos por grandes sábios, tirando deles grande proveito, para o bem da humanidade (?).
Um episódio na vida de São Cipriano
Conta São Cipriano em um capítulo de seu livro que, numa sexta-feira, passando por um lugar deserto, viu tantos fantasmas em volta de si, que perdeu suas forças para poder lhes resistir; porém, aqueles fantasmas eram bruxas que queriam se salvar. Logo, uma delas disse a São Cipriano: "Salva-nos se entendes que, depois desta vida, temos outra." Cipriano respondeu ser escravo do Senhor e em seguida caiu em sono profundo e sonhou que a oração do Anjo Custódio o salvaria daquele perigo.
Ao acordar, teve uma breve visão do anjo. Era Custódio. São Cipriano lembrou-se da oração que lhe fora ensinada por São Gregório e conjurou os fantasmas que apareceram diante dele, eram quatorze bruxas.
"Quem sois?", perguntou-lhes Cipriano. "Somos Maria e Giberta, ambas irmãs", responderam duas das bruxas, "e as outras são minhas filhas", disse-lhe Maria. "Todas nós somos escravas de Lúcifer, queremos ser salvas e escravas do Senhor, como tu o és.", disseram todas em coro.
Ajudado pela oração do Anjo Custório, Cipriano salvou todas as bruxas e ligou todos os demônios para que nunca mais as atormentassem.
Como fez São Cipriano para Castigar o Demônio
São Cipriano viu o bem que ia gozar no Céu e o que lhe aconteceria se não abandonasse Lúcifer e resolveu castigar o demônio...
"Eu, Cipriano, servo de Deus, a quem amo de todo meu coração há dez anos, me pesa, Senhor, de não vos ter amado desde o dia em que nasci. Levanta-te, Lúcifer, lá desses infernos, vem à minha presença, traidor e falso deus a quem eu amava por ignorância.
Mas agora que estou desenganado, que o Deus que adoro é um Deus verdadeiro, poderoso e cheio de bondade, por quem eu te obrigo, Lúcifer, que me apareças sob a pena de desobediência; quando não me querias obedecer, serás castigado mil vezes mais do que tenciono. Aparece prontamente, Lúcifer, que te obrigo da parte de Deus (de Maria Santíssima e do Padre Eterno), eu te esconjuro pela força do Céu e da Graça de Deus, que está nas alturas com os braços abertos pronto para receber aqueles seus filhos que deixam de adorar os ídolos e os falsos deuses, a quem eu, Cipriano, amava já há trinta anos, porém agora, com a ajuda de Jesus Cristo, já deixei estas falsas divindades e adoro a um Deus poderoso que está no Céu, com quem eu tenho agora todo o pacto e o terei até a morte; é por este mesmo pacto que eu te cito e te obrigo, Lúcifer, que me apareças prontamente.
Abram-se já as portas do inferno. Vem, Satanás, à minha presença. Vem da parte do Oriente, em figura de criatura humana."
Conforme Cipriano relata no seu livro, neste instante, apareceu Lúcifer, cercado por todos os demônios do inferno.
"Haviam mais de três mil demônios em volta de mim, tentando me iludir, como nada podiam fazer, revoltaram-se a tal ponto que fizeram cair uma chuva de fogo, que parecia que todo o mundo estava ardendo, porém, eu invocava o nome de Cristo e nunca o fogo pôde chegar até mim ou me molestar."
O demônio resolveu não obedecer a Deus, nem a Cipriano e retirou-se de volta ao inferno, porém, Cipriano insistiu em castigar o demônio mil vezes mais. Pela segunda vez, Cipriano requereu a presença do demônio, dizendo o seguinte texto:
"Vós que estais na glória de Deus Padre, Deus Filho e Deus Espírito Santo e no poder e virtude de Maria Santíssima, e do Verbo Divino Encarnado, e no poder dos anjos do Céu, e dos querubins e Miguéis, cercados por obra e graça do Divino Espírito Santo e por toda esta santidade, mando, sem apelação nem agravo, sejam abertas as portas do inferno, e que venha já Lúcifer à minha presença, para que seja cumprida e executada a minha ordem, conforme eu lhe ordenei.
Apareça prontamente, Lúcifer, em figura de pessoa humana, sem estrépito nem mau cheiro.
Sejam já abertas as portas do inferno, assim, como se abriram as portas do cárcere onde estavam presos os Apóstolos, quando lhes apareceu um anjo a mando de Deus e, logo que o anjo chegou ao cárcere, foram abertas as portas e fugiram os Apóstolos e o anjo foi levado ao Céu, como Jesus Cristo lhe tinha determinado.
Jesus Cristo, peço-vos e mando, em vosso Santíssimo Nome, ao demônio que venha já à minha presença, sem que ofenda a minha pessoa, nem meu corpo, nem minha alma.
Apareça prontamente, Lúcifer, que eu te requero pelo poder do grande Adônis, pelo poder e virtude daquelas santas palavras que disse Jesus Nosso Senhor ao dar o último suspiro na cruz: - "Meu Deus, meu Deus, perdoai aos que me crucificam, que não sabem o que fazem."
Por estas santas palavras, te esconjuro e requero, Lúcifer, imperador do inferno; vem à minha presença sem apelação nem agravo, que eu te obrigo em nome de Jesus, Maria e José e te mando, em virtude de Santo Ubaldo Francisco, por estas santas palavras, pela virtude dos doze Apóstolos e por todos os Santos de Deus de Abraão, de Jacó e de Isaac, em virtude do anjo São Rafael, de todos os demais santos e virtudes dos Céus e ordens dos bem-aventurados: eu te requero, Lúcifer, pela virtude do bem-aventurado São João Batista, São Tomé, São Filipe, São Marcos, São Mateus, São Simão, São Judas, São Martinho e por todas as ordens dos mártires São Sebastião, São Fabião, São Cosme, São Damião, São Dionísio, com todos os seus companheiros, confessores de Deus e pela adoração do Rei David, e pelos quatro cavaleiros evangelistas, João, Lucas, Marcos e Mateus.
Eu te requero que me apareças, Lúcifer, sem apelação nem agravo, que te obrigo pelas quatro colunas do Céu que não me faltes a obediência.
Eu, criatura de Deus, te obrigo pelas 72 línguas que estão repartidas pelo mundo e por todos os poderes e virtudes. Aparece prontamente, desviando de mim quatro passos. Se não apareceres neste momento, serás castigado com maldições."
Neste momento o demônio voltou a aparecer, e Cipriano, usando de todo seu poder, o prendeu com uma corrente feita de chifres de carneiros virgens, e o castigou com três mil varadas dadas com vara feita de avaleira e três pregos gravados no meio. Depois do castigo, pôs-lhe um preceito para que nunca mais fizesse pacto com pessoa alguma.

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Cipriano (denominado o Feiticeiro para distinguir-se do célebre Cipriano, dispo de Cartago), nasceu na Antióquia, por volta de 250 d.C., situada entre a Síria e a Arábia, pertencente o governo da Fenícia. Seus pais idólatras e providos de copiosas riquezas, vendo que a natureza o dotara de talentos próprios para conciliar a estimação dos homens, o destinaram para o serviço das falsas divindades, fazendo-o instruir em toda a ciência dos sacrifícios que se ofereciam aos ídolos, de modo que ninguém, como ele, tinha tão profundo conhecimento dos profanos mistérios do bárbaro gentilismo. Na idade de trinta anos, fez ele uma viagem ao país da Babilônia para aprender a astrologia judiciária e os mistérios mais ocultos dos supersticiosos caldeus. E sobre a grave culpa de empregar em tais estudos o tempo que lhe era concedido para conhecer e seguir a verdade, aumentou Cipriano a sua malícia e a sua maleficência. Se deu inteiramente ao estudo da magia, para conseguir por meio desta arte um estreito comércio com os demônios; praticando ao mesmo tempo uma vida impura e absolutamente escandalosa.
Cipriano, para obter melhores resultados nos estudos da magia, ligou-se com a velha bruxa Evora, que era a mais poderosa em adivinhar o futuro pelas mãos, cartas e sonhos.
Evora morreu em avançada idade, deixando-lhe todos os manuscritos de sua descoberta, de que Cipriano tirou grande proveito. Cipriano tornou-se o mais célebre feiticeiro, porque passava dia e noite só ligado ao estudo da alquimia; e qualquer coisa que descobrisse, fazia, para não se esquecer, os apontamentos nas paredes, nas mesas e por toda a parte onde se lhe tornasse no momento mais fácil.
E, conquanto um verdadeiro cristão chamado Eusébio, que havia sido seu companheiro de estudos, lhe fizesse muitas vezes vigorosas censuras sobre a sua má vida, procurando arrancá-lo do abismo profundo que o via precipitado. Só não desprezava Cipriano as suas exortações e censuras, mas também ainda se valia do infernal engenho para ridicularizar os sacrossantos mistérios e virtuosos professores da lei cristã, por ódio a qual chegou a unir-se com os bárbaros perseguidores para obrigar os cristãos a renunciarem ao Evangelho e renegarem a Jesus Cristo.
Tinha chegado a este estado a vida de Cipriano, quando a infinita misericórdia de Deus se dignou iluminar e converter esse infeliz vaso de injúrias e infâmias em vaso de eleição e de honra; valendo-se e servindo-se da sua divina graça para obrar no coração de Cipriano este prodigioso milagre da sua onipotência.
Parte II - A Conversão de São Cipriano
Vivia em Antióqia uma donzela por nome Justina, não menos rica do que bela, a quem seu pai Edeso e sua mãe Cledônia educaram com muito cuidado nas superstições do paganismo. Porém Justina, dotada como era, de um claro engenho, assim que ouviu as pregações de Prailo, diácono de Antióquia, abandonou as extravagâncias gentílicas e, abraçando a fé católica, conseguiu converter aos poucos os seus próprios pais.
Constituída cristã, a ditosa virgem tornou-se ao mesmo tempo uma das mais perfeitas esposas de Jesus Cristo, consagrando-lhe a sua virgindade e procurando adquirir todos os meios de conservar essa delicada virtude, para cujo efeito observava cuidadosamente a modéstia entregando-se às orações e ao retiro. Não obstante isto, vendo-a, um pobre mancebo, de nome Aglaide, lhe captou tanto os agrados, que logo pediu a seus pais para esposa, ao que eles deram consentimento; e só não pôde obter o consenso da própria Justina.
Aglaide então procurou então Cipriano, o qual, com efeito, empregou todos os meios mais eficazes da sua diabólica arte para satisfazer ao namorado amigo. Ofereceu aos demônios muitos abomináveis sacrifícios e eles lhe prometeram o desejado sucesso, investindo logo a santa com terríveis tentações e horríveis fantasmas. Porém ela, fortalecida pela graça de Deus, que tinha merecido com orações contínuas, rigor e, sobretudo com o patrocínio da Santíssima Virgem (a quem ela chamava sua mãe santíssima), ficou sempre vitoriosa.
Indignado Cipriano por não poder vencê-la, se levantou contra o demônio, que estava presente, e lhe falou desta maneira: "Pérfido, já veio a tua fraqueza, quando não podes vencer a uma delicada donzela, tu, que tanto de jactas do teu poder de obrar prodigiosas maravilhas! Diz-me logo de onde procede esta mudança, e com que armas se defende aquela virgem para deixar inúteis os teus esforços?"
Então o demônio, obrigado por uma divina virtude, lhe confessou a verdade, dizendo-lhe que o Deus dos cristãos era o supremo Senhor do Céu, da Terra e dos infernos; e que nenhum demônio podia obrar contra o sinal da cruz com que Justina continuamente se armava. De maneira que por este mesmo sinal, logo ele lhe aparecia para tentar, era obrigado a fugir.
"Pois se isso assim é - replicou Cipriano - eu sou bem louco em não me dar ao serviço de um senhor mais poderoso do que tu. E assim, se o sinal da cruz, em que morreu o Deus dos cristãos, te faz fugir, não quero já servir-me dos teus prestígios, antes renuncio inteiramente a todos os teus sortilégios, esperando a bondade de Deus de Justina que haja de me admitir por seu servo."
Irritado então o demônio de perder aquele por meio do qual fizera tantas conquistas, se apoderou do seu corpo. Porém (diz São Gregório) foi logo obrigado a sair, pela graça de Jesus Cristo, que estava senhor do seu coração. Teve pois, Cipriano, de manter vigorosos combates contra os inimigos de sua alma; mas o Deus de Justina, a quem ele sempre invocava, lhe valeu com o seu auxílio e o fez ficar vitorioso.
Concorreu também muito para este efeito o seu amigo Eusébio, a quem Cipriano procurou logo, e disse com muitas lágrimas: "Meu grande amigo, chegou para mim o ditoso tempo de reconhecer meus erros e abomináveis desordens, e espero que o teu Deus, que já confesso ser o único e verdadeiro, me admitirá no grêmio dos seus íntimos servos, parar maior triunfo da sua benigna misericórdia."
Muito satisfeito Eusébio por uma tão prodigiosa mudança abraçou afetuosamente o seu amigo e lhe deu muitos parabéns pela sua heróica resolução, animando-o a confiar sempre na infalível verdade do puríssimo Deus, que nunca desampara os que sinceramente o procuram. E assim fortificado, o venturoso Cipriano pôde existir com valor a todas as tentações diabólicas.
Para este efeito, fazia ele sem cessar o sinal da cruz, e tendo sempre nos lábios e no coração o sacrossanto nome de Jesus, não cessava de invocar a assistência da Santíssima Virgem. Vendo, pois, os demônios inteiramente frustrados todos os seus artifícios, aplicaram o seu esforço maior em o tentar de desesperação, propondo-lhe com viveza de espírito estes e outros tais discursos e reflexões:
"Que o Deus dos cristãos era sem dúvida o único Deus verdadeiro, mas que era um Deus de pureza, um Deus que punia com severidade extrema ainda os menores crimes, de que a maior prova eram eles mesmos, que por um só pecado de soberba foram condenados a uma pena extrema.
Como haveria perdão para eles, que pelo número de gravidade das suas culpas tinha já um lugar preparado no mais profundo do inferno? E que, portanto, não tendo misericórdia que esperar, cuidasse em se divertir, satisfazendo à rédea larga todas as paixões da sua vida."
Na verdade esta tentação veemente pôs em grande perigo a salvação de Cipriano. Mas o amigo Eusébio, a quem ele se referiu, o animou e consolou, propondo-lhe em eficácia a benigna misericórdia, com que Deus recebe e generosamente perdoa aos pecadores arrependidos, por maiores que sejam os seus pecados. Depois o mesmo Eusébio o conduziu à assembléia dos fiéis, onde se admitiam as pessoas que desejavam instruir-se em tão luminosos mistérios.
Afirma o próprio São Cipriano, no livro da sua Confissão, que à vista do respeito e piedade de que estavam penetrados os fiéis, adorando o verdadeiro Deus, o tocou vivamente no coração. Diz ele: "Eu vi cantar naquele coro os louvores de Deus e terminar cada verso dos salmos com a palavra hebraica Aleluia; tido com atenção tão respeitosa e com tão suave harmonia, que me parecia estar entre os anjos ou entre os homens celestes."
No fim da função admiraram-se os assistentes de que um tal presbítero, como era Eusébio, introduzisse a Cipriano naquele sagrado congresso. E o mesmo bispo, que estava presidindo, muito mais o estranhou, porque não julgava sincera a conversão de Cipriano. Porém, ele dissipou logo essas dúvidas, queimando, na presença de todos, os seus livros de mágica, e introduzindo-se no número dos catecúmenos, depois de haver distribuído todos os seus bens aos pobres.
Instruído, pois Cipriano, e com suficiente disposição, o bispo o batizou, e juntamente a Aglaide, apaixonado de Justina, que, arrependido da sua loucura, quis emendar a sua vida e seguir a fé verdadeira. Tocada Justina destes dois exemplos da divina misericórdia, cortou os seus cabelos em sinal de sacrifício que fazia a Deus da sua virgindade, e repartiu também pelos pobres todos os bens que possuía.
Cipriano, depois disto, fez maravilhosos progressos nos caminhos do Senhor; e sua vida ordinária foi um perene exercício na mais rigorosa penitência. Via-se muitas vezes na igreja, prostrado por terra, com a cabeça coberta de cinza, rogando a todos os fiéis que implorassem para ele a divina misericórdia. E para mais se humilhar e suprimir a sua antiga soberba, obteve, a força de muitos pedidos, que lhe desse o emprego de varredor da igreja.
Ele morava em companhia do presbítero Eusébio, a quem venerou sempre como a seu pai espiritual. E o divino Senhor que se digna ostentar os tesouros da sua clemência sobre as almas humildes e sobre os grandes pecadores verdadeiramente convertidos, lhe concedeu a graça de realizar milagres. Isto junto a sua natural eloqüência concorreu muito para converter à fé um grande número de idólatras, servindo-se para isso do famoso escrito da sua Confissão, na qual, fazendo públicos os seus crimes e enormes excessos, animava a confiança, não só dos fiéis, mas a dos maiores pecadores.
Parte III - A morte de São Cipriano
Entretanto, o nome de São Cipriano o seu zelo e as numerosas conquistas que fazia para o reino de Jesus Cristo não podiam ser ignoradas dos imperadores. Diocleciano, que então se achava em Nicomédia, informado das maravilhas que realizava São Cipriano, e da perfeita santidade da virgem Justina, passou ordem para serem presos, o que logo executou o Juiz Eutolmo, governador da Fenícia.
Conduzidos pois à presença desse juiz, responderam com tanta generosidade e confessaram, com tanta eficácia, a fé em Jesus Cristo que pouco faltou para converterem o ímpio bárbaro. Mas, para que não se julgasse que ele favorecia os cristãos, mandou logo açoitar, com duas cordas, a Santa Justina, e despedaçar com pentes de ferro as carnes de São Cipriano tudo com tamanha crueldade que até aos mesmos pagãos causou horror!
Vendo então o tirano que nem promessas nem ameaças, nem aquele rigoroso suplício, nada abatia a firme constância dos generosos mártires, mandou lançar a cada um em uma grande caldeira cheia de pês, de banha e cera a ferver. Mas o prazer e a satisfação, que se admirava no rosto e nas palavras dos mártires, davam bem a conhecer que nada padeciam com aquele tormento. E o caso é que até se percebia que o mesmo fogo, que estava debaixo das caldeiras, não tinha o mínimo calor.
O que visto por um grande sacerdote dos ídolos, grande feiticeiro, chamado Athanásio (que algum tempo fora discípulo do mesmo Cipriano), julgando que todos aqueles prodígios procediam dos sortilégios do seu antigo mestre e, querendo ganhar nome e reputação maior entre o povo, invocou os demônios com suas cerimônias mágicas e se lançou deliberadamente na mesma caldeira donde Cipriano foi extraído. Porém, logo perdeu a vida, e se lhe despregou a carne do osso.
Produziu este fato um novo resplendor às maravilhas do nosso santo, e esteve para haver naquela cidade um grande motivo a seu favor. Intimado, pois, o juiz tomou partido de enviar os mártires a Diocleciano, que estava por esse tempo em Nicomédia, informando-o, por escrito, de tudo o que se havia passado. Lida que foi a carta do governador, mandou Diocleciano que, sem mais formalidades dos processos dos costumes fossem degolados Cipriano e Justina; o que se executou no dia 26 de setembro nas margens do Rio Galo, que passa pelo meio da referida cidade.
E chegando naquela ocasião um bom cristão chamado Teotiso a falar em segredo a Cipriano, foi Teotiso condenado logo a ser também degolado. Era esse venturoso homem um marinheiro que, vindo das costas da Toscana, desembarcara próximo a Mitínia. Os seus companheiros, que eram todos cristãos, tendo notícia daquele sucesso, vieram de noite apreender os corpos dos três mártires e os conduziram a Roma onde estiveram ocultos em casa de uma pia senhora, até que no tempo de Constantino, o magno, foram transladados para a Basílica de São João Latrão.
Os manuscritos de São Cipriano e os apontamentos da bruxa Evora, que foram encontrados na sua velha arca, foram levados para Roma e arquivados no Vaticano.
Estes preciosos documentos estão em língua hebraica, os quais foram traduzidos por grandes sábios, tirando deles grande proveito, para o bem da humanidade (?).
Um episódio na vida de São Cipriano
Conta São Cipriano em um capítulo de seu livro que, numa sexta-feira, passando por um lugar deserto, viu tantos fantasmas em volta de si, que perdeu suas forças para poder lhes resistir; porém, aqueles fantasmas eram bruxas que queriam se salvar. Logo, uma delas disse a São Cipriano: "Salva-nos se entendes que, depois desta vida, temos outra." Cipriano respondeu ser escravo do Senhor e em seguida caiu em sono profundo e sonhou que a oração do Anjo Custódio o salvaria daquele perigo.
Ao acordar, teve uma breve visão do anjo. Era Custódio. São Cipriano lembrou-se da oração que lhe fora ensinada por São Gregório e conjurou os fantasmas que apareceram diante dele, eram quatorze bruxas.
"Quem sois?", perguntou-lhes Cipriano. "Somos Maria e Giberta, ambas irmãs", responderam duas das bruxas, "e as outras são minhas filhas", disse-lhe Maria. "Todas nós somos escravas de Lúcifer, queremos ser salvas e escravas do Senhor, como tu o és.", disseram todas em coro.
Ajudado pela oração do Anjo Custório, Cipriano salvou todas as bruxas e ligou todos os demônios para que nunca mais as atormentassem.
Como fez São Cipriano para Castigar o Demônio
São Cipriano viu o bem que ia gozar no Céu e o que lhe aconteceria se não abandonasse Lúcifer e resolveu castigar o demônio...
"Eu, Cipriano, servo de Deus, a quem amo de todo meu coração há dez anos, me pesa, Senhor, de não vos ter amado desde o dia em que nasci. Levanta-te, Lúcifer, lá desses infernos, vem à minha presença, traidor e falso deus a quem eu amava por ignorância.
Mas agora que estou desenganado, que o Deus que adoro é um Deus verdadeiro, poderoso e cheio de bondade, por quem eu te obrigo, Lúcifer, que me apareças sob a pena de desobediência; quando não me querias obedecer, serás castigado mil vezes mais do que tenciono. Aparece prontamente, Lúcifer, que te obrigo da parte de Deus (de Maria Santíssima e do Padre Eterno), eu te esconjuro pela força do Céu e da Graça de Deus, que está nas alturas com os braços abertos pronto para receber aqueles seus filhos que deixam de adorar os ídolos e os falsos deuses, a quem eu, Cipriano, amava já há trinta anos, porém agora, com a ajuda de Jesus Cristo, já deixei estas falsas divindades e adoro a um Deus poderoso que está no Céu, com quem eu tenho agora todo o pacto e o terei até a morte; é por este mesmo pacto que eu te cito e te obrigo, Lúcifer, que me apareças prontamente.
Abram-se já as portas do inferno. Vem, Satanás, à minha presença. Vem da parte do Oriente, em figura de criatura humana."
Conforme Cipriano relata no seu livro, neste instante, apareceu Lúcifer, cercado por todos os demônios do inferno.
"Haviam mais de três mil demônios em volta de mim, tentando me iludir, como nada podiam fazer, revoltaram-se a tal ponto que fizeram cair uma chuva de fogo, que parecia que todo o mundo estava ardendo, porém, eu invocava o nome de Cristo e nunca o fogo pôde chegar até mim ou me molestar."
O demônio resolveu não obedecer a Deus, nem a Cipriano e retirou-se de volta ao inferno, porém, Cipriano insistiu em castigar o demônio mil vezes mais. Pela segunda vez, Cipriano requereu a presença do demônio, dizendo o seguinte texto:
"Vós que estais na glória de Deus Padre, Deus Filho e Deus Espírito Santo e no poder e virtude de Maria Santíssima, e do Verbo Divino Encarnado, e no poder dos anjos do Céu, e dos querubins e Miguéis, cercados por obra e graça do Divino Espírito Santo e por toda esta santidade, mando, sem apelação nem agravo, sejam abertas as portas do inferno, e que venha já Lúcifer à minha presença, para que seja cumprida e executada a minha ordem, conforme eu lhe ordenei.
Apareça prontamente, Lúcifer, em figura de pessoa humana, sem estrépito nem mau cheiro.
Sejam já abertas as portas do inferno, assim, como se abriram as portas do cárcere onde estavam presos os Apóstolos, quando lhes apareceu um anjo a mando de Deus e, logo que o anjo chegou ao cárcere, foram abertas as portas e fugiram os Apóstolos e o anjo foi levado ao Céu, como Jesus Cristo lhe tinha determinado.
Jesus Cristo, peço-vos e mando, em vosso Santíssimo Nome, ao demônio que venha já à minha presença, sem que ofenda a minha pessoa, nem meu corpo, nem minha alma.
Apareça prontamente, Lúcifer, que eu te requero pelo poder do grande Adônis, pelo poder e virtude daquelas santas palavras que disse Jesus Nosso Senhor ao dar o último suspiro na cruz: - "Meu Deus, meu Deus, perdoai aos que me crucificam, que não sabem o que fazem."
Por estas santas palavras, te esconjuro e requero, Lúcifer, imperador do inferno; vem à minha presença sem apelação nem agravo, que eu te obrigo em nome de Jesus, Maria e José e te mando, em virtude de Santo Ubaldo Francisco, por estas santas palavras, pela virtude dos doze Apóstolos e por todos os Santos de Deus de Abraão, de Jacó e de Isaac, em virtude do anjo São Rafael, de todos os demais santos e virtudes dos Céus e ordens dos bem-aventurados: eu te requero, Lúcifer, pela virtude do bem-aventurado São João Batista, São Tomé, São Filipe, São Marcos, São Mateus, São Simão, São Judas, São Martinho e por todas as ordens dos mártires São Sebastião, São Fabião, São Cosme, São Damião, São Dionísio, com todos os seus companheiros, confessores de Deus e pela adoração do Rei David, e pelos quatro cavaleiros evangelistas, João, Lucas, Marcos e Mateus.
Eu te requero que me apareças, Lúcifer, sem apelação nem agravo, que te obrigo pelas quatro colunas do Céu que não me faltes a obediência.
Eu, criatura de Deus, te obrigo pelas 72 línguas que estão repartidas pelo mundo e por todos os poderes e virtudes. Aparece prontamente, desviando de mim quatro passos. Se não apareceres neste momento, serás castigado com maldições."
Neste momento o demônio voltou a aparecer, e Cipriano, usando de todo seu poder, o prendeu com uma corrente feita de chifres de carneiros virgens, e o castigou com três mil varadas dadas com vara feita de avaleira e três pregos gravados no meio. Depois do castigo, pôs-lhe um preceito para que nunca mais fizesse pacto com pessoa alguma.