quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Sobre São Cipriano - breves notas



Sobre São Cipriano - breves notas
SÃO CIPRIANO HISTÓRIA: Também chamado de «o Feiticeiro, nasceu em Antioquia, cerca de 250 e.C., num local
situado entre a Síria e a Arábia, pertencente o governo da Fenícia. Os seus pais, possuidores de grandes riquezas e
praticantes de idolatria, verificando que o seu filho nascera com um dom muito especial para conciliar e ajudar os outros,
desde muito cedo o motivaram ao serviço das falsas divindades, fazendo-o instruir em toda a ciência dos sacrifícios que
se ofereciam aos ídolos, de tal modo que ninguém tinha naquela época tão profundo conhecimento dos mistérios das
religiões bárbaras e pagãs. Por volta dos 30 anos, Cipriano fez uma viagem à Babilónia para aprender os segredos da
astrologia e conhecer o mundo oculto dos supersticiosos caldeus. Entregou-se inteiramente ao estudo da magia para
conseguir, por meio desta arte, uma ligação com os demónios que fora instruído a adorar. Praticava ao mesmo tempo uma
vida impura e escandalosa. Para obter melhores resultados nos estudos de magia, estabeleceu contacto com uma velha
bruxa chamada Evora, que era considerada a mulher mais poderosa da zona e que conseguia adivinhar o futuro pelas
mãos, cartas e sonhos. Evora morreu com uma idade avançada, deixando-lhe todos os manuscritos resultantes das suas
experiências e descobertas, e Cipriano tirou grande proveito desses manuais. Tornou-se então o mais célebre
feiticeiro, conhecido um pouco por todo o lado, e passava dia e noite ligado ao estudo da alquimia, anotando todos os
rituais que praticava para não se esquecer dessa prática e dos seus efeitos. Um cristão chamado Eusébio, excompanheiro
de estudos, censurava-o muito, tentando tirá-lo do abismo profundo em que o via precipitar-se. Porém,
além de desprezar as suas exortações e censuras, Cipriano ridicularizava todos os que professavam o cristianismo.
Chegou até a unir-se aos perseguidores dos cristãos para os obrigar a renunciar ao Evangelho e a renegar o nome de
Jesus Cristo. Nessa altura vivia em Antioquia uma jovem de nome Justina, rica e bela, que fora educada nas
superstições do paganismo. Porém Justina, ao ouvir as pregações de Prailo, diácono de Antioquia, decidiu abandonar
todas as práticas idólatras, abraçando a fé católica e conseguindo aos poucos converter os seus próprios pais. Depois de
se tornar cristã, Justina entregou-se às orações e ao retiro. Um pobre mancebo, Aglaide, apaixonou-se por ela e pediu-a
por esposa, tendo os pais respondido afirmativamente. Mas isso não foi suficiente para que o jovem obtivesse o «sim»
da parte de Justina. Aglaide procurou então o «bruxo» Cipriano, tendo este utilizado todos os meios das artes diabólicas
para satisfazer o desejo do amigo. Ofereceu aos demónios vários sacrifícios, e estes prometeram-lhe sucesso, sendo
Justina assediada com terríveis e a presença de fantasmas. Porém ela, fortalecida pela graça de Deus, saiu vitoriosa.
Indignado por não a conseguir vencer, Cipriano insurgiu-se contra o demónio, acusando-o de «fraco», e pedindo-lhe que
lhe dissesse de onde vinha aquela força sobrenatural de Justina. Então o demónio, coagido por uma divina virtude,
confessou a verdade, dizendo-lhe que o Deus dos cristãos era o supremo Senhor do Céu, da Terra e dos Infernos, e
que nenhum demónio podia actuar contra o sinal da cruz com que Justina continuamente se protegia. Cipriano resolveu
então renunciar aos prestígios e sortilégios do demónio, esperando a bondade de Deus, a quem pediu que o admitisse
como seu servo. Irritado por perder aquele através de quem fizera tantos seguidores, o demónio apoderou-se do seu
corpo. Mas logo foi obrigado a sair, pela graça de Jesus Cristo, que se tornara Senhor do coração de Cipriano. Mas o Deus
de Justina, que sempre invocava, ajudou-o tornando-o vitorioso. Fazia sem cessar o sinal da cruz, e tinha sempre nos
lábios e no coração o nome de Jesus, não cessando de invocar a ajuda da Virgem Maria. Concluiu que o Deus dos
cristãos era o verdadeiro. Perante aqueles que não consideraram a sua conversão sincera, Cipriano dissipou as
dúvidas, queimando os seus livros de magia, após haver distribuído os seus bens aos pobres. Foi baptizado, com
Aglaide, apaixonado de Justina, que, arrependido da sua loucura, quis emendar a sua vida e seguir a fé verdadeira.
Depois disto, fez progressos, praticando penitência. Via-se muitas vezes na igreja, prostrado, com a cabeça coberta de
cinza, rogando a todos os fiéis que implorassem para ele a divina misericórdia. Para se humilhar e suprimir a sua antiga
soberba, conseguiu que lhe dessem o emprego de varredor da igreja. FESTA: 26 de Setembro LENDA: Diz-se que o
Imperador mandou açoitar Justina e despedaçar com pentes de ferro as carnes de São Cipriano com tamanha crueldade
que até aos mesmos pagãos causou horror. Vendo que nada abatia a firme constância dos generosos mártires, mandou
lançar cada um deles numa grande caldeira cheia de pez, de banha e cera a ferver. E o fogo, que estava debaixo das
caldeiras não tinha o mínimo calor. Os que assistiam à cena pensavam que todos aqueles prodígios procediam dos
sortilégios do seu antigo mestre e, querendo ganhar nome e reputação maior entre o povo, umd eles invocou os demónios
com as suas cerimônias mágicas, lançando-se deliberadamente na mesma caldeira donde Cipriano foi extraído. Porém,
logo perdeu a vida, despregando-se a carne dos ossos. Diocleciano ordenou que, sem mais formalidades, fossem
degolados Cipriano e Justina, o que ocorreu no dia 26 de Setembro nas margens do Rio Galo. Os manuscritos de São
Cipriano e os apontamentos da bruxa Evora, encontrados numa velha arca, foram levados para Roma e arquivados no
Vaticano. Estes preciosos documentos, escritos em hebraico, foram traduzidos por grandes sábios que dizem ter tirado
deles grande proveito para o bem da humanidade. LOCAL DE NASCIMENTO: Antioquia, por volta do ano 250 e.C.
MORTE: Morreu como mártir, em Nicodemia, com Santa Justina PROTECÇÃO: Contra magia negra, maus espíritos e
possessões demoníacas PROFISSÕES A QUE PRESIDE: Não existe uma profissão específica REPRESENTAÇÃO: É
retratado como um feiticeiro envolvido por uma aura de luz e lutando contra os demónios; também surge com uma vara
na mão, que simboliza o poder divino ORAÇÃO: «Senhor Jesus Cristo, nosso Deus, Rei dos reis e Senhor dos senhores,
glória a Ti. Tu conheces os segredos do teu humilde servo Cipriano, que não eram conhecidos antes das Tuas
maravilhas, Senhor todo Poderoso. Tu és o único Senhor Jesus Cristo, nosso Deus. Imploro a Tua misericórdia, e peço
que, onde abundou o pecado, possa abundar a Tua graça. Senhor nosso Deus, te imploro e solicito, para que por
intermédio desta minha oração, qualquer homem, tendo o espírito da malícia e da malignidade, seja limpo totalmente, com
todo o seu lar. Se está amarrado por obras de magia do maligno ou fascinação, impedido e atado, de imediato se liberte
de qualquer enfermidade, amarração, vínculo e magia, engano, inveja, maldade, feitiço, encantamento, calúnia, loucura,
fraqueza ou desespero. Que seja libertado, solto, desamarrado, redimido, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amen.»

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